"É impossível a Caixa não entrar num projeto como esses", afirmou Vasco Orey durante a sua audição na segunda comissão parlamentar de inquérito à recapitalização e gestão da CGD, que decorre desde as 17h00 na Assembleia da República, em Lisboa.
"Eu não diria que é difícil, diria que é impossível" o banco público não participar num projeto como o da Artlant, reforçou, acrescentando que, "dado que um projeto é PIN, se forem dadas garantias suficientes, é impossível a Caixa não participar".
A auditora EY identifica a operação de financiamento pelo banco público à Artlant, criada para o projeto da fábrica da La Seda de Barcelona, em Sines, como uma das mais danosas para a CGD.
A auditoria preliminar conta a história desta operação, que tem início em 2007 e que envolveu um crédito concedido de mais de 350 milhões de euros, com imparidades de 60,2% para a CGD, à data de 2015.
Neste ano, foi homologado o Processo Especial de Revitalização da Artlant, criada para o projeto petroquímico de Sines, que iria ser desenvolvido pela espanhola La Seda, ela própria em insolvência.
A CGD tinha comprado, antes disso, 5% do capital da empresa espanhola com o objetivo de influenciar a localização da fábrica. Neste caso, o banco acabou por perder 53 milhões de euros, de acordo com a EY.