Depois da greve no domingo dos trabalhadores do serviço de assistência a passageiros de mobilidade reduzida (serviço MyWay) nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro, a Portway escusou-se a comentar as reivindicações na base do protesto, mas garantiu que as "questões que têm sido colocadas à empresa pelos trabalhadores ou pelos seus representantes têm sido prontamente respondidas".
"Manifestamos a nossa abertura para realizar, em fórum próprio, o diálogo social, no sentido de compreender as reivindicações e as suas consequências, avaliando-as à luz das especificidades da atividade que desenvolvemos, e das capacidades e perspetivas desta mesma atividade", segundo resposta da empresa à agência Lusa.
Ana Neves, do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava), avaliou na segunda-feira como "positiva" a realização da greve, por ter "passado a mensagem de que os trabalhadores do serviço não têm tratamento igual" aos restantes da empresa de 'handling' (assistência nos aeroportos a passageiros e bagagens em escala) da Portway e do setor do transporte aéreo.
Segundo a sindicalista, a adesão à greve teve uma "adesão de 50%" e possibilitou a divulgação das reivindicações dos trabalhadores.
Ana Neves informou que ainda não foram debatidos futuros protestos, por se aguardar a resposta da empresa, assim como os resultados que possam surgir do trabalho prometido por deputados do PCP e do Bloco de Esquerda, que marcaram presença numa concentração de trabalhadores no domingo, em Lisboa.