Diogo Feio falava à margem de uma ação de campanha do candidato do CDS à Câmara de Oliveira do Bairro, Paulo Caiado, em que salientou que o CDS está a "puxar pelo Portugal positivo" na campanha eleitoral.
"Andei em campanha em muitos sítios e preocupei-me em ver exemplos que possam puxar pelo nosso país. É isso que nos interessa e é assim que vamos continuar, até para mostrar às agências de ´rating' que estão enganadas", declarou, referindo-se às perspetivas negativas destas.
O eurodeputado sublinhou que "há um conjunto de sinais que, apesar de ainda ténues, são positivos e que podem ajudar até à consolidação orçamental" e realçou que Portugal, no segundo trimestre deste ano, foi "o Estado dentro da União Europeia que mais cresceu".
Entre esses "sinais" indicou a melhoria da produção industrial e do turismo melhoraram, "a confiança das famílias e dos consumidores a subir e o desemprego a baixar", apesar de ainda alto.
"Portugal já teve várias avaliações da ´troika´ e não nos podemos esquecer que todas elas foram positivas. Temos cada vez mais de demonstrar que os tempos são difíceis, mas são melhores as perspetivas do que eram há uns tempos e o discurso pela negativa não nos ajuda", concluiu.
Questionado sobre as conclusões de um estudo do Fundo Monetário Internacional que defende a união orçamental na zona Euro e a emissão de obrigações comuns de dívida (Eurobonds), Diogo Feio manifestou-se convicto de que esse caminho é "irreversível" e considerou que as eleições alemãs têm condicionado as posições da União Europeia.
"Vamos esperar e aguardar o que os próximos tempos vão trazer. Acabámos de sair das eleições alemãs, que têm influência nas posições que a União Europeia vai tomando, mas são passos que terão de ser dados a nível europeu. Já há muito tempo que defendo que deve haver um sistema de mutualização da dívida único. Há caminhos que o próprio Parlamento Europeu. Não é fácil, nem rápido, mas no final creio que vai ter um resultado positivo", disse.