A margem financeira caiu 6,3% para 134,2 milhões de euros, com o presidente do banco, Carlos Tavares, a justificar, num encontro com jornalistas, com a queda do crédito, considerando que tem havido uma "mudança substancial na cultura de risco da casa e da política de preços", uma vez que entende que os juros cobrados no crédito "têm de remunerar adequadamente o capital e o risco".
Também a venda pelo banco, no ano passado, de parte da carteira de dívida pública teve impacto na margem financeira entre janeiro a junho, disse.
Já as comissões líquidas aumentaram, no primeiro semestre, 3,9% em termos homólogos para 57,4 milhões de euros.
Ainda até junho, o valor constituído para fazer face a imparidades e provisões (sobretudo para crédito) caiu 33,2% para 59,5 milhões de euros.
Atualmente, o Montepio tem um rácio de crédito malparado de cerca de 15%, um valor que tem de diminuir para 7% em 2021 e de menos de 5% em 2023.
Do lado dos gastos, os custos operacionais cederam 3% para 132,7 milhões de euros, com os custos com pessoal a serem de 84,2 milhões de euros.
Olhando para o balanço, em junho, o Montepio tinha 12.483 milhões de euros de depósitos, mais 7,4% face ao período homólogo de 2017.
Já o crédito caiu 7,8% para 13.727 milhões de euros.
A CEMG tinha, em junho, 3.773 trabalhadores em Portugal e 324 agências.
Sobre o Montepio Investimentos, o ex-presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários disse que essa unidade será transformada em banco de empresas.
No negócio internacional, o Montepio está a desinvestir, tendo feito um acordo para a venda do Banco Terra em Moçambique e estando em conversações para eventual venda do Finibanco Angola.
O banco Caixa Económica Montepio Geral é detido pela Associação Mutualista Montepio Geral.