Sandleris, especialista em economia internacional, finanças e macroeconomia, com uma intensa carreira académica, era desde meados deste ano secretário de Política Económica no Ministério das Finanças.
Segundo a Presidência argentina, como vice-presidente da entidade monetária continua Gustavo Enrique Cañonero.
A demissão de Luis Caputo, considerado próximo do Presidente Mauricio Macri, ocorre numa altura em que a Argentina está a negociar um reforço do acordo alcançado com o Fundo Monetário Internacional (FMI) há três meses.
A Argentina atravessa uma crise monetária que já levou a uma depreciação do peso de cerca de 50% face ao dólar desde o início do ano.
Para tentar estabilizar a economia após duas crises monetárias em poucos meses, a Argentina pediu ao FMI para acelerar os pagamentos de um empréstimo de 50 mil milhões de dólares (cerca de 42 mil milhões de euros) concedido em junho.
O comunicado oficial refere que a demissão de Caputo foi motivada por "razões pessoais", mas economistas argentinos consideram que surge na sequência de divergências com o FMI.
Numa declaração divulgada entretanto, o porta-voz do FMI, Gerry Rice, disse que o Fundo tomou conhecimento das mudanças feitas no banco central argentino e que espera manter um "relacionamento próximo e construtivo" com o mesmo sob a liderança de Guido Sandleris.
O FMI e as autoridades argentinas "continuam a trabalhar intensamente com o objetivo de concluir as conversações a nível técnico num curto espaço de tempo", segundo o porta-voz.