Um dia depois do presidente da FIFA, Gianni Infantino, comentar algumas das medidas que se levaram a cabo para o Mundial, no que respeita ao racismo, o diário The Guardian publicou uma reportagem na qual conta que a comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) deverá tomar precauções na hora de se deslocar à Rússia, no próximo verão. Desde logo, a FARE (Futebol contra o racismo na Europa) publicou um guia para as pessoas que desejam viajar para ver o torneio.
No que respeita às pessoas homosssexuais, explica-se que ser gay não é ilegal na Rússia, mas o país tem uma lei que proíbe o ensino nas escolas sobre isso, mencionando vários casos em que homossexuais de outros países foram atacados.
Piara Powar, diretor executivo da FARE, comentou a respeito de algumas das ações com as quais devem ter cuidado tanto o coletivo LGBT, como as pessoas de cor, ou as minorias étnicas: “O manual aconselha os homossexuais a serem cautelosos em qualquer lugar, no qual a comunidade LGBT não é bem-vinda. A mesma mensagem é dirigida a pessoas de cor negra, assim como a minorias étnicas. Se os adeptos homossexuais passearem pela rua de mão dada deverão enfrentar os perigos que essa ação acarreta. Depende da cidade e da hora do dia”.
O manual inclui instruções nas quais se detalha as leis na Rússia sobre o tema: “Não é um crime ser gay, mas há uma lei contra a promoção da homossexualidade a menores. Os assuntos da comunidade LGBT não formam parte da política do estado. Os gays na Rússia têm um lugar, que está escondido e debaixo de terra”, sublinhou Piara Powar, que referiu que a FARE estuda a possibilidade de introduzir a bandeira arco-íris nos estádios.