A sina de de Teo Gutiérrez parece não mudar. O internacional colombiano foi reforço do Rosário Central esta temporada, por empréstimo do Sporting, mas parece não estar a corresponder às expectativas da direção do clube argentino.
Esta sexta-feira, em conferência de imprensa, o avançado de 31 anos, que esta temporada soma apenas seis jogos e nenhum golo marcado, admitiu estar a passar por uma má fase na carreira, abrindo as portas a uma possível mudança já no próximo mês de janeiro.
"Não me sinto em dívida. Não preciso demonstrar nada e se vim para cá foi porque quis. É uma experiência que quero viver e há que esperar até aos últimos jogos para ver como corre. Tenho de tomar a melhor decisão para mim", começou por dizer Teo. O avançado afirmou ainda que deu sempre o máximo pelo clube e que treina nos limites.
"Devemos ser inteligentes como pessoas e como futebolistas, quando as coisas correm bem ou não. Sempre tentei dar o meu melhor e treinarei ao máximo. Agora o meu objetivo é a Taça da Argentina e espero que o Central a ganhe, porque valerá uma vaga na Libertadores. Depois pensaremos no que é melhor para todos: para mim e para os meus companheiros", sublinhou.
A desmotivação que Teo vive no emblema argentino parece ser mais que evidente, com o jogador a deixar um testemunho curioso.
“Podes estar bem fisicamente, mas se não marcas golo começam logo a pedir-te rendimento. No final do ano o presidente vai sentar-se comigo e perguntar quantos golos marquei, quantas assistências fiz... É a minha forma de ser. No dia em que me sinta mal e me diga que não rendi aqui, obrigado e já está. Se não estás bem mentalmente, falta-te algo. Podes correr atrás da bola, fazer cem fintas, mas se não a colocas no fundo da rede ou se não jogas como as pessoas querem torna-se difícil", lamentou o colombiano mas deixando a certeza que não desistirá de procurar o tão ambicionado golo.
Gutiérrez confessa não estar feliz com a estadia na Argentina mas recusa baixar os braços: "Não podem pedir que esteja feliz no espaço de dois meses, se ainda não conheço nada... Conheço o caminho até casa, ao shopping e até treino, porque sou profissional. Só tenho dois meses aqui e não podem pedir que seja feliz. Não estou feliz, porque não estou a jogar e porque amo o futebol. Quero jogar todos os dias e ser o melhor. Sou sincero, não me posso enganar. Devo dizer o que sinto e se alguém não gostar, temos pena, sou assim. Já me enganei e vou continuar a fazê-lo, mas baixar os braços não está na minha cabeça. Na minha carreira sempre ganhei algo. Devo fazer uma avaliação e o corpo técnico também, ser sincero comigo mesmo".
