Será Portugal a ter a responsabilidade de apadrinhar a estreante Islândia no Campeonato Europeu. Os nórdicos chegam a França, porventura, como a maior surpresa da prova, ao terem conseguido a qualificação num grupo que, à primeira vista, seria dominado por Holanda e Turquia, mas a verdade é que ambos ficaram de fora em detrimento, não só da Islândia, mas também da Turquia.
Sob a signo "Strákarnir okkar" - ‘Os nossos Garotos’, como são conhecidos – colocaram o gélido ambiente islandês a seu favor e terminaram a fase de grupos sem uma única derrota em casa; com especial destaque para a vitória, por 2-0, frente à Holanda.
Estrela: Eidur Gudjohnsen. Aos 37 anos, o poderoso avançado pode já não ter o fulgor físico que o caracterizou em ‘colossos’ como o Barcelona ou o Chelsea, mas continua a ser a figura de maior destaque desta Islândia. A experiência adquirida ao longo dos seus 22 anos de carreira poderão ser um importante trunfo para uma seleção estreante nestas andanças.
O grande ausente: Indridi Sigurdsson, central de 34 anos do KR, é o sexto jogador islandês no ativo com mais internacionalizações: 50. A sua ausência não é, de todo, uma surpresa, uma vez que não fez parte dos planos de Lars Lagerback durante a fase de apuramento, mas, tal como sucede com Gudjohnsen, também a sua veterania poderia ser importante.
Máximo goleador: Eidur Gudjohnsen, quem mais? Desde que se estreou pela seleção islandesa, com apenas 17, em 1996, o avançado marcou 25 golos ao cabo de 84 partidas. Um número que procurará aumentar em França.
Sistema tático: Consciente das limitações do grupo ao seu dispor, Lars Lagerback impôs, na seleção islandesa, um 4x4x2 com especiais cautelas defensivas. Na frente, o 1,86m de Kolbeinn Sigthorsson, do Nantes, tornam-no numa incontornável referência, com Gylfi Sigurdsson, do Swansea, responsável pela ligação com o meio-campo.
Estatuto: Estreante.