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Adeptos do Chaves esperaram horas para festejar com equipa

O Desportivo de Chaves, que carimbou o regresso à I Liga em Portimão, ao início da tarde de domingo, foi recebido em apoteose, já o relógio marcava 23:00, por mais de cinco mil adeptos que nem a longa espera, nem a chuva desmobilizou.

Adeptos do Chaves esperaram horas para festejar com equipa
Notícias ao Minuto

07:25 - 09/05/16 por Lusa

Desporto Subida

Enquanto a equipa de Trás-os-Montes percorria o país de uma ponta à outra, nos cerca de 800 quilómetros que ligam as duas cidades, os adeptos engalanaram as rotundas, as ruas, os carros e as janelas com bandeiras e cachecóis 'azul-grená' e, na hora da chegada, além dos aplausos, das 'selfies' e dos gritos, o mote era "Para cá do Marão, mandam os que cá estão".

No passado domingo, o Desportivo de Chaves empatou no terreno do Portimonense por 1-1, garantindo a subida ao escalão máximo do futebol português, 17 anos depois da última presença.

Mal soou o apito final em Portimão, a cidade de Chaves, com cerca de 40 mil habitantes, "virou do avesso" com multidões nas ruas, carros a congestionar a circulação - alguns dos quais ficaram sem buzina -- e uma festa e felicidade como "há muito não se via".

No palco da festa flaviense, na rotunda do Monumento, lia-se numa faixa "Nós no campo, vós na bancada, somos um só".

As bancadas do Estádio Municipal Engenheiro Manuel Branco Teixeira estavam lotadas com miúdos e graúdos e, no momento da entrada dos jogadores no relvado, a espuma tapou as vistas, os gritos anularam as conversas e os 'flashes' das câmaras registaram o momento para a posteridade.

De cachecol ao peito, algo habitual há mais de 20 anos, Armando Sousa saltou das bancadas para o terreno de jogo para abraçar os jogadores, mas sobretudo o técnico Vítor Oliveira, de quem "muito gosta".

"Estou mesmo muito emocionado. Fui a Portimão ver o jogo e não estou nada cansado porque a alegria é maior", disse à Lusa.

Sobre as memórias do Chaves na I Liga, Armando realçou que se "lembra perfeitamente" de ver multidões e autocarros invadirem a cidade.

Com 77 anos, Álvaro Pinto garantiu que para a próxima temporada não vai falhar "um único jogo".

"Estou imensamente feliz. Lembro-me bem de que quando o Chaves estava na I Liga, era uma loucura na cidade, tanto que, para tomar um café, tínhamos de estar uma hora à espera na fila".

A viver pela primeira vez a presença do Desportivo de Chaves no escalão máximo do futebol português, Mário Fontinha, de 14 anos, também ele jogador do clube no escalão de iniciados, afirmou estar "muito orgulhoso".

"Isto é uma festa muito grande, estou impressionado", frisou.

Sara, de 10 anos, acompanhada pela avó, adiantou que esta subida é "mesmo bonita".

"Gosto de futebol, mas não venho muito ao estádio, a ver se venho mais agora", disse timidamente.

Empunhando uma bandeira, Teresa Tomás disse que não perdeu um minuto do jogo e que, quando terminou a partida, ficou "sem palavras".

"É inexplicável, não costumo muito vir 'à bola', mas estamos sempre com o emblema do Chaves no coração. A cidade vai ficar mais alegre e é disso que precisamos", comentou.

O trabalho não permitiu a Jorge Sousa viajar até Portimão, mas não falhou à receção.

Considerando que o Chaves já devia estar na I Liga "há muito tempo", Jorge Sousa, de sorriso rasgado, não escondeu estar "muito, muito, muito feliz".

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