Estava no Manchester United, onde se fez grande e captou a admiração de todos com uma simples bola de futebol, o miúdo chamava-se Cristiano Ronaldo e pegava na bola sem receio de aborrecer estrelas como Van Nistelrooy e Rio Ferdinand, líderes da equipa e, por vezes, isso aborrecia-os.
Toda a gente sabia quem procurar na frente de ataque e quando não se passava a ‘Vangol’, nasciam problemas. Sir Alex Ferguson sabia que precisava de dar maior liberdade ao craque português para que este pudesse beneficiar o conjunto com as suas habilidades.
No entanto, a exibição do luso durante um jogo não agradou a Van Nistelrooy, que havia pedido a bola várias vezes durante um jogo e o português optava por outros caminhos. Foi então que o holandês chegou-se à beira de Rio Ferdinand e desabafou: Nunca sei quando vai centrar. Como é que me vou desmarcar? Pareço um imbecil”.
A situação repetiu-se e o avançado holandês perdeu a paciência durante um treino antes de uma partida com o Charlton, segundo o site 90 min, onde Ronaldo e Van Nistelrooy alinhavam na mesma equipa. Durante um ataque, o luso não passou ao ex-jogador de futebol e o madeirense ouviu o que não queria.
"Porque é que seguras a bola tanto tempo? Estou bem colocado. Dá-me a bola" e, após ambos terem sido separados por vários membros da equipa – Carlos Queiroz incluído, segundo a mesma publicação – e foi então que saíram da boa de 'Vangol' as palavras que deixaram o agora dianteiro 'merengue' abalado.
"Si, si, agora vejo-te a correr para perto do teu paizinho [Carlos Queiroz]", ao que Ronaldo, em lágrimas respondeu, já em lágrimas: "Não tenho pai... Está morto!". O ambiente ficou pesado e o holandês ficou suspenso naquele momento, tendo regressado ao seu país.
"Estou afastado da equipa a partir deste momento", disse aos companheiros de balneário. Assim foi e no verão seguinte havia de assinar pelo Real Madrid, onde permaneceu durante as quatro épocas seguintes.