Ainda hoje é recordado com todo o respeito pelos adeptos encarnados e tem uma visão, no mínimo, diferente do habitual. Figura no jogo da primeira mão da última eliminatória das águias com o Bayer Leverkusen, Isaías recorda a O JOGO o célebre confronto de 1994 e até aconselha Jorge Jesus a deixar os jogadores darem um passeio pela cidade antes do jogo...
Pouco se fala nisso, mas a verdade é que, se não fosse o seu golo nos últimos momentos do jogo da primeira mão, de nada valia o empate a quatro em Leverkusen de 1994...
[interrompe] É isso mesmo! Disso ninguém fala! Só falam dos 4-4 e por aí fora. Sou sincero: nem me lembrava bem do ano, mas lembro-me desses jogos como se fosse hoje. Jogos assim não se esquecem!
E, por acaso, o seu golo resulta de uma jogada um pouco confusa...
É verdade! Foi o golo mais feio da minha carreira! Quer que eu lhe relate o golo?
Força.
O [Vítor] Paneira rematou numa espécie de meia bicicleta, a bola bateu num alemão qualquer e ganhou um efeito estranho. Ia sair. Mas aí apareci eu e estava a preparar-me para dar de bico na bola, mas nem foi assim: dei de canela! Foi horrível, mas entrou!
E do que se lembra do jogo em concreto?
Quando um jogador está no banco nem está muito atento ao que se passa no campo. Ficamos ali a olhar para tudo e mais alguma coisa, para os adeptos, conversamos, e jogo em si, pouco ou nada. Mas depois de entrar [aos 65'] lembro-me de tudo. Entrei bem e fiz esse golo, que acabou por ser importante.