Jannik Sinner carimbou, esta quinta-feira, o apuramento para a final do Six Kings Slam, prova que junta os melhores tenistas do mundo, em Riade, na Arábia Saudita, ao levar de vencida Novak Djokovic, de forma categórica, em, sensivelmente, uma hora, pelos parciais de 6-4 e 6-2.
Uma autêntica humilhação para o atual número 5 do ranking ATP (ainda que minimizada pelo milionário prémio de participação a que teve direito), à qual o próprio acabou por reagir, com muito humor à mistura: "Lamento que não possam ter visto um jogo mais longo, hoje. A culpa é dele, não é minha".
"Eu tentei intimidá-lo um pouco, naquele último jogo, nos 15 últimos pontos, mas não funcionou. Ouçam, pareceu um comboio desgovernado, sabem? Ele estava, simplesmente, a disparar a bola de todo o lado, e eu só tentava aguentar-me, mas ele foi demasiado bom, por isso, parabéns e boa sorte, na final", começou por afirmar, em declarações reproduzidas pela rádio britânica talkSPORT.
"Vale sempre a pena, devido ao amor pelo desporto e à paixão que existe pelo ténis. Peço perdão pela minha linguagem, mas nunca é bom quando alguém te dá um pontapé destes no rabo, na quadra. Mas é, claramente, fantástico ainda conseguir jogar a um nível elevado, estando no top10 ou no top5. É uma sensação muito, muito boa. Estou a dar o meu melhor, sabem?", prosseguiu.
"Eu tenho o corpo que tenho, e sou grato a Deus por tudo aquilo que me deu, na vida. Tem sido uma aventura incrível, uma carreira fantástica. Há muito para festejar, mas, se alguém conseguisse trocar um corpo mais jovem pelo meu, seria simpático, apenas por um ano, para poder continuar a tentar vencer, contra estes tipos", completou.
"Jogar contra Djokovic é uma honra e um privilégio enormes"
Jannik Sinner irá disputar o troféu de campeão do Six Kings Slam com o espanhol Carlos Alcaraz, que, na outra meia final, derrotou o norte-americano Taylor Fritz, pelos parciais de 6-4 e 6-2, também sem grande dificuldade. Uma final à qual Novak Djokovic garantiu que irá estar atento.
"Piadas à parte, ainda tenho aquela ambição. Obviamente, sei que está a tornar-se muito mais difícil para mim conquistar uma vitória contra o Jannik e o Carlos, particularmente, mas vocês sabem que eu vou continuar a desafiá-los. Até que isso aconteça, vamos ver", afirmou, entre risos.
Jannik Sinner, por seu lado, não escondeu a felicidade que sentiu com este resultado sobre o sérvio: "Ele é um grande modelo a seguir, especialmente, para nós, da geração mais jovem. Vê-lo a competir, vê-lo a praticar e a treinar para estes momentos... É fantástico. Aquilo que ele alcançou na sua carreira é incrível, e eu olho para ele como um verdadeiro ídolo".
"Poder jogar contra ele é uma honra e um privilégio enormes. Estou feliz com aquilo que aconteceu, hoje, mas também estou feliz por continuar a vê-lo por aí", completou aquele que é, neste momento, o número 2 da hierarquia mundial do ténis.
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