O Internazionale fez saber, esta quinta-feira, através do Relatório e Contas relativo à passada temporada de 2024/25 (no qual apresentou um lucro de 35,4 milhões de euros), que a 'guerra judicial' que mantinha com o Sporting já desde 2021, motivada pela transferência de João Mário com o Benfica, foi dada, de uma vez por todas, por encerrada.
"A 10 de agosto de 2022, o Inter recebeu um pedido de indemnização por parte do Sporting, relativo à transferência, a título definitivo, do jogador João Mário para o Benfica, devido à não ativação da cláusula de preferência a favor do Sporting, no caso de transferência do jogador para qualquer outro clube participante no campeonato português", pode ler-se.
"A 10 de julho de 2023, a FIFA rejeitou integralmente o recurso apresentado pelo Sporting, e, consequentemente, a 6 de setembro de 2023, este último apresentou um recurso junto do TAS (Tribunal Arbitral do Desporto), o qual, no passado 25 de abril de 2025, rejeitou o recurso do Sporting, confirmando a decisão original", prossegue.
"Não tendo existido qualquer outro recurso dentro do prazo, a sentença não pode voltar a ser alterada", completa a nota oficial partilhada pelos campeões italianos em título, através das plataformas oficiais.
Afinal, o que se passou entre Sporting, Benfica, Inter e João Mário?
Formado no Sporting, João Mário partiu rumo ao Internazionale no verão de 2016, a troco de uma verba na ordem dos 40 milhões de euros, que poderia ascender aos 45 milhões de euros, mediante o cumprimento de objetivos desportivos, na sequência de um acordo que contemplava uma cláusula que ditava que o clube de Alvalade teria de ser ressarcido caso, no futuro, o jogador viesse a reforçar qualquer um dos rivais.
A experiência em Itália acabou por não correr da melhor maneira, pelo que o internacional português somou empréstimos consecutivos a West Ham e Lokomotiv Moscovo, antes de regressar a 'casa', em 2020, também na qualidade de cedido, para sagrar-se campeão nacional, sob as ordens de Ruben Amorim.
No final dessa mesma temporada, a direção liderada por Frederico Varandas optou, ainda assim, por não avançar para a aquisição do médio, pelo que este voltou ao Stadio Giuseppe Meazza, onde, sem espaço nas contas do então treinador, Antonio Conte, acabou por reforçar o Benfica... a 'custo zero'.
Na altura, a estrutura verde e branca defendeu que esta rescisão contratual não passava de uma manobra por parte de João Mário, Benfica e Internazionale para contornarem a tão badalada cláusula anti-rivais, mas a verdade é que as autoridades competentes não deram razão à queixa, que contemplava um pedido de indemnização no valor de 30 milhões de euros.
O que é feito de João Mário?
João Mário acabaria por deixar o Benfica, em 2024, em 'rota de colisão' com os próprios adeptos, rumo ao Besiktas, a título de empréstimo, que, no final dessa mesma temporada, se tornou num acordo definitivo, a troco de dois milhões de euros.
Na Turquia, o internacional português também não encontrou a felicidade por que procurava, pelo que, no passado verão mudou-se, uma vez mais. Desta feita, para os gregos do AEK, onde permanece, até aos dias de hoje.
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