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"AC Milan? A primeira vez foi felicidade, a segunda foi amor"

Zlatan Ibrahimovic participou num programa de televisão onde abordou a sua carreira, principalmente no que diz respeito às passagens pelo AC Milan, em Itália, dando ainda uma outra face ao falar dos filhos.

"AC Milan? A primeira vez foi felicidade, a segunda foi amor"

© Getty Images

Davide Rodrigues Araújo
16/10/2025 15:43 ‧ há 2 horas por Davide Rodrigues Araújo

Desporto

Itália

Zlatan Ibrahimovic foi um dos avançados mais enigmáticos de uma geração, com várias polémicas e um carisma diferenciado. Esta quinta-feira, o agora diretor do AC Milan recordou os seus tempos como jogador em Itália e ainda deu o seu parecer sobre a vida pessoal, no primeiro episódio do programa This Is Me.

 

"Serei sempre um adepto do AC Milan e nunca esquecerei o que o AC Milan me deu. A primeira vez foi felicidade, a segunda foi amor. Joguei com rapazes 20 anos mais novos do que eu. Pedi para não me explicarem o programa da despedida porque queria expressar as minhas emoções de forma espontânea", começou por explicar o ex-internacional sueco antes de recordar um momento num jogo frente à AS Roma.

"Lembro-me daquele dia. Marquei um golo e 50 mil pessoas começaram a gritar-me: 'És um cigano!' Fingi que não ouvia, isso foi a minha motivação. Comecei a dizer para mim mesmo: 'Mais alto, mais alto, mais alto.' Depois disso, recebi um cartão amarelo, e ainda hoje não percebo porquê", continuou.

"Trabalhei, sacrifiquei-me, fui contra todos. Tive de ser mais forte que os outros para me destacar e ter a oportunidade de ter sucesso. Hoje, posso dizer que abri portas a muitas gerações na Suécia", reforçou aquele que passou a ser um dos ídolos das novas gerações do seu país.

No entanto, a sua participação no programa de televisão não ficou por aqui, com o avançado que passou por clubes como o Inter e o Paris Saint-Germain a dar uma visão sobre a sua vida mais pessoal, ao falar dos seus filhos, Maximilian e Vincent.

"Não é fácil para eles, mas a sua mentalidade é ainda mais forte que a minha, e isso pode ajudá-los. Vivem uma vida diferente dos outros porque o pai deles foi um excelente jogador, talvez o melhor. Tento separar o Ibra profissional do pai", atirou, refletindo ainda sobre as diferenças entre a sua infância e a dos filhos.

"A vida deles é mais fácil, mais simples, porque podem fazer mais coisas do que eu. O que lhes ensino é disciplina, respeito e independência. Se conseguirem isso, significa que fiz bem o meu trabalho como pai", concluiu.

Uma carreira carismática, mas sem Bola de Ouro

O ponta-de-lança sueco aproveitou a sua presença no Festival Desportivo de Trento, em Itália, no passado sábado, para relembrar que não venceu nenhuma Bola de Ouro, apesar dos 573 golos marcados em 988 jogos realizados ao longo da sua carreira.

"Arrumei todos os meus troféus em casa, todas as coisas que conquistei. A publicação no dia da Bola de Ouro? Foi algo que me surgiu, não há qualquer tipo de inveja. Eu fiz aquele vídeo há quatro meses, não sou uma pessoa que viva nas redes sociais", esclareceu Zlatan Ibrahimovic.

"Não há um arrependimento, simplesmente, é muito estranho que não a tenha conquistado. Os melhores não vencem sempre. Eu nem sequer conquistei a Liga dos Campeões, não é segredo", acrescentou.

Leia Também: Ibrahimovic fala de Rafael Leão... e Mourinho: "Entra-te na cabeça"

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