O internacional por Portugal Pizzi concedeu, esta quarta-feira, uma extensa entrevista à rádio TSF, na qual, entre outros temas, recordou a passagem pelo Benfica, clube onde se tornou uma das referências sob a orientação de Bruno Lage.
De regresso a Portugal para representar o Estoril, o médio de 36 anos viu 'de fora' o despedimento de Bruno Lage e a chegada de José Mourinho. Pizzi que disse ter vivido "as melhores épocas da carreira" sob a orientação de Bruno Lage, mas sublinhou que o treinador é sempre o primeiro a pagar quando aparecem os maus resultados.
"O futebol vive de resultados e, quando a equipa não ganha, o primeiro a sofrer acaba sempre por ser o treinador, faz parte, é o mundo em que estamos. Gosto muito do míster Bruno Lage, foi um treinador que me ajudou muito em muitos momentos, foi com ele que fiz as melhores épocas da minha vida. Quando não se ganha, as pessoas optam por mudar e, como treinadores que eles são, já têm de estar habituados a isso e certamente ele agora vai ter novos desafios pela frente e estará preparado para voltar e continuar a fazer bons trabalhos", começou por dizer Pizzi.
O médio português disse ainda que a chegada de José Mourinho ao comando técnico das águias ão acarreta peso nem pressão para os adversários.
"Não, eu acho que não, acho que nós, jogadores, aquilo que pensamos é dentro do campo e o rival que vamos ter pela frente, a oposição que vamos ter e os jogadores da nossa posição. Quem está no banco ou quem deixa de estar não influencia muito na nossa dinâmica dentro do campo. Sabemos todos que o míster José Mourinho é, se calhar, o melhor treinador de sempre que tivemos em Portugal, mas o que queremos é ganhar, seja com o míster Mourinho, seja com outro míster qualquer", prosseguiu, falando da corrida pelo título.
"O campeonato está muito equilibrado na parte de cima, acho que os três grandes reforçaram-se muito bem, com jogadores de muita qualidade, três excelentes treinadores que já demonstraram toda a sua capacidade. Acho que vai ser um campeonato muito competitivo até ao final, com equipas a perder bastantes pontos, também com as equipas ditas mais pequenas, porque cada vez há equipas mais pequenas, com mais qualidade e com mais jogadores com disposição para jogar e para ter bola", vincou ainda.
Pizzi, agora com 36 anos, explicou ainda o regresso a Portugal pela porta do Estoril, clube pelo qual soma quatro jogos disputados esta temporada.
"O meu objetivo desde o início era regressar a Portugal, também para estar mais tranquilo e com os meus por perto. E quando surgiu a oportunidade do Estoril não pensei duas vezes, porque é um clube que está, como toda a gente sabe, em crescimento, um clube com pessoas muito boas a trabalhar, que quer crescer, quer evoluir como equipa, como clube", atirou, não prevendo o final da carreira de futebolista.
"Até onde o corpo conseguir aguentar! Continuo a ter muita paixão pelo que é o treino, pelo que é o jogo, por vir trabalhar todos os dias, por ser competitivo todos os dias. Não consigo limitar-me aqui num espaço para terminar a carreira, quero desfrutar o meu dia a dia e ajudar o Estoril a conquistar ainda mais pontos", finalizou.
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