Depois de três resultados líquidos positivos consecutivos (3,1 ME em 2021/22, 20,3 ME em 2022/23 e 17,3 ME em 2023/24), o Sporting de Braga voltou a apresentar contas negativas, tal como em 2020/21 (prejuízo de 1,9 ME), agora com um resultado negativo de 10,985 ME.
Ainda assim, a SAD 'arsenalista' alcançou um EBITDA (sigla em inglês de lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) positivo de 6,162 ME.
Os responsáveis minhotos frisam que o exercício da época passada foi "marcado por um contexto de investimentos significativos, quer a nível desportivo, com a aquisição de direitos de atletas de enorme potencial, quer a nível infraestrutural, com destaque para a edificação do Estádio Amélia Morais", que contribuíram "de forma significativa para o resultado líquido apresentado".
Segundo a mesma nota, "o resultado em apreço poderia ter sido facilmente revertido se a administração da SAD tivesse aceitado propostas pelos direitos desportivos dos seus principais atletas", tendo prevalecido a estratégia de "preservar o talento interno e manter uma base forte e consolidada com vista a serem alcançados os objetivos propostos para o arranque de 2025/2026, nomeadamente a entrada na Liga Europa".
Os responsáveis lembram que, já após o fecho do exercício, foram vendidos os direitos desportivos de Roger Fernandes e Simon Banza por um valor conjunto superior a 40 ME.
O ativo subiu 1,7 ME para 169,7 ME, "o maior de sempre registado pela Sociedade", mas o passivo subiu mais, 12,7 ME, cifrando-se agora nos 100,7 ME, pelo que a SAD bracarense concluiu a temporada 2024/25 com capitais próprios positivos de 69 ME, cenário que permite uma autonomia financeira de 41 por cento.
A estrutura da SAD 'arsenalista' sofreu uma alteração recentemente com o banqueiro moçambicano Inaete Merali a adquirir a posição da Sundown Investments Limited (entidade cujo beneficiário efetivo era Iwan McOwens), tornando-se assim o terceiro maior acionista.
O Sporting de Braga (clube) é o maior acionista com 36,99 por cento, a Qatar Sports Investments (entidade cujo beneficiário efetivo é o Estado do Qatar) detém 29,60, a Sundown Investments Limited (entidade cujo beneficiário efetivo é, desde maio de 2025, Inaete Merali) detém 17,04 e os restantes 16,37 estão distribuídos por outros pequenos acionistas.
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