"Ganhar cinco vezes seguidas. Cada vez que começo acredito que a corrida me assenta bem, mas também tenho uma boa equipa à minha volta. Obrigado aos meus colegas de equipa. Todos trabalharam bem e protegeram-me. Foi um trabalho de classe mundial da equipa", afirmou.
Depois do título mundial, em Kigali, e do europeu, na região francesa da Ardèche, 'Pogi', que na terça-feira ainda tinha vencido a Tre Vale Varesini, juntou mais um feito ao seu já enorme palmarés, tornando-se o primeiro ciclista a vencer o mesmo Monumento em cinco temporadas consecutivas.
Em mais uma temporada de recordes, Pogacar igualou ainda o mítico Eddy Merckx como o único ciclista a vencer três Monumentos no mesmo ano, depois das vitórias na Volta a Flandres e na Liège-Bastogne-Líège, embora o belga o tenha feito em quatro ocasiões.
Na Volta à Lombardia, Pogacar igualou o recordista Fausto Coppi, com cinco triunfos, embora o tenha feito em cinco anos consecutivos, e chegou ao 10.º Monumento da carreira, sendo já o terceiro com mais triunfos numa das cinco principais provas de um dia, a nove de Merckx e a um do também belga Roger de Vlaeminck.
Além dos três triunfos em Monumentos, Pogacar, vencedor da Volta a França, fez pódio nos outros dois, algo que nunca ninguém tinha feito, com o terceiro lugar na Milão-Sanremo, a corrida que deve estar mais 'entalada' na sua garganta, e o segundo na estreia no Paris-Roubaix, ambas ganhas pelo neerlandês Mathieu van der Poel (Alpecin-Deceunick).
"Há sete anos que digo que esta é a minha melhor temporada. Este ano posso dizer o mesmo", assumiu o esloveno, que chegou ao 20.º triunfo de 2025, mesmo assim menos cinco do que em 2024.
Se no ano passado, Pogacar correu isolado durante 44 quilómetros, este ano 'apenas' andou sozinho 34, concluindo os 241 quilómetros, entre Como e Bérgamo, em 5:45.53 horas, deixando, tal como no Mundial, no Europeu e na Volta à Lombardia de 2024, o belga Remco Evenepoel na segunda posição.
O campeão olímpico de contrarrelógio e de fundo cortou a meta a 1.48 minutos, com o terceiro lugar a ficar para o australiano Michael Storer (Tudor), a 3.14 minutos.
Tal como esperado, a 119.ª edição da Volta à Lombardia foi animada por uma fuga inicial, com o campeão norte-americano Quinn Simmons (Lidl-Trek) a ser o derradeiro resistente, terminando num excelente quarto lugar, a 3.38.
Ao chegar na sétima posição, o francês Paul Seixas (Decathlon AG2R La Mondiale Team), terceiro nos Europeus, tornou-se o mais jovem a terminar um Monumento no top 10 desde 1980, aos 19 anos e 17 dias, superando o português António Morgado, que, aos 20 anos e 63 dias, tinha sido quinto na Volta a Flandres de 2024.
O português Rui Costa (EF Education-EasyPost) chegou na 66.ª posição, a 18.12 minutos, enquanto Afonso Eulálio (Bahrain-Victorius) foi 96.º, a 26.16.
A Volta a Lombardia marcou a despedida de alguns ciclistas, como o polaco Rafal Majka (UAE Emirates), que Pogacar chegou a considerar o seu mentor, ou o sul-africano Louis Meintjes (Intermarché-Wanty).
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