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Villas-Boas admite: "Primeiro ano de mandato no FC Porto foi violento"

André Villas-Boas analisou a reta inicial do seu mandato como presidente do FC Porto, após ter sucedido o já falecido Pinto da Costa, em abril de 2024, com algumas revelações à mistura.

Villas-Boas admite: "Primeiro ano de mandato no FC Porto foi violento"

© Getty Images

Miguel Simões
10/10/2025 11:14 ‧ há 13 horas por Miguel Simões

Desporto

FC Porto

André Villas-Boas marcou presença, esta sexta-feira, no Portugal Footbal Summit, na Cidade do Futebol, em Oeiras, onde foi desafiado a detalhar as emoções vividas na reta inicial do seu mandato como presidente do FC Porto, já depois de ter sucedido o já falecido Pinto da Costa, em abril de 2024.

 

"É uma vida feita de grandes mudanças e aventuras. Mudança de treinador para presidente, o que se mantém é o amor único pelo FC Porto, o que ele representa a nível de valores e princípios. É uma obrigação, um sentido de missão. O meu propósito é esse e entregá-lo melhor do que recebi, o que será difícil tendo em conta o passado histórico e glorioso. Espero que com muitos títulos, com crescimento associativo e uma transformação enorme pessoal. O meu dia a dia passa por liderar equipas. Posso orgulhar-me que terei das melhores equipas de gestão do país e por isso temos tido estes resultados em 16 meses", começou por dizer.

"No plano desportivo, ambicionamos títulos. O meu primeiro ano de mandato foi violento... O FC Porto ficou aquém dos objetivos, com algumas mudanças pelo meio, uma reestruturação financeira gigante. O FC Porto movimentou cerca de 450 milhões de euros em mercado e operações financeiras. Foi o que o salvou. O clube encontrava-se numa situação limite. Tínhamos 15 dias para pagar 15 milhões. Tínhamos seis meses para pagar 115 milhões de euros. A situação aí foi perigosa e fomos ajudados por sócios. Só depois é que conseguimos uma das operações financeiras mais notórias para clubes portugueses, que seguramente será replicada nos outros dois 'grandes' [Sporting e Benfica]. Vendemos 30% dos direitos comerciais e  a injeção serviu para salvar o FC Porto, mantendo-o como clube dos associados. É o nosso maior propósito e assim o queremos deixar", vincou de seguida o presidente dos azuis e brancos.

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"Felizmente, encontrei pessoas muito metódicas, muito profissionais, que se entregaram de alma e coração aos destinos do FC Porto. São pessoas que me ajudaram a chegar e executar um plano, onde não havia capital. Tivemos de nos suportar nos sócios, aqueles que amam o FC Porto, que nos permitiram levantar 15 milhões de euros face aos salários dos funcionários e dos jogadores. O clube estava numa situação limite (...) Não queríamos que nada disto fosse com a violência de acabar a época em terceiro lugar, apesar de termos vencido a Supertaça, num ano em que participámos em muitas competições. Podemos orgulharmo-nos dessa conquista, mas foi curto...", atirou ainda.

Outro tema lançado para cima da mesa prendeu-se à ideia de criar uma Supertaça Ibérica, levando mesmo André Villas-Boas a colocar os nomes dos rivais Benfica e Sporting 'ao barulho', ainda antes de ter falado das negociações com o Al-Ittihad com Rodrigo Mora.

"Se pensarmos noutras modalidades que não o futebol, sabemos que temos vários tipos de competições, como Supertaças Ibéricas ou ligas transfronteiriças. Sou da opinião que o futebol caminha para esse sentido. Lancei o desafio ao Pedro Proença [presidente da Federação Portuguesa de Futebol] e aos outros dois 'grandes' portugueses, bem como a clubes espanhóis, no início do meu mandato. Agora, andamos todos às cabeças, mas ficou lá o 'bichinho', que foi bem acolhido pelo Atlético Madrid, Real Madrid, Barcelona, Benfica, Sporting e pela FPF", revelou.

"Rodrigo Mora? Existiu uma proposta de 50 milhões de euros do Al-Ittihad, um clube que infelizmente se habituou a tentar brincar com o FC Porto. Pode ser que com Sérgio Conceição agora não seja assim. Prometeram vir com uma proposta de 63 milhões de euros, que nunca apareceu. O FC Porto, de todas as formas, não venderia o Rodrigo Mora abaixo da cláusula. Em conversa com o atleta, dissemos que estávamos disponíveis a aceitar uma conversa a partir dos 70 milhões, mas essa proposta nunca apareceu e o Al-Ittihad desapareceu mais uma vez da mesa de negociações com o FC Porto", rematou André Villas-Boas.

[Notícia atualizada às 11h27]

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