Portugal e Espanha encontraram-se nesta tarde de domingo, na Moldávia, para disputar a final do Campeonato da Europa de futsal de sub-19, com mais uma final ibérica a ser palco de um grande jogo da modalidade de pavilhão. No entanto, só uma poderia vencer o troféu, que acabou por ser conquistado por Portugal, numa reviravolta impressionante nos minutos finais, de modo a levantar o troféu pela segunda vez consecutiva, já depois do prolongamento, com um resultado de 3-2.
Os golos da grande final foram marcados por Ruano e Nacho Olivares para os espanhóis, enquanto que Simão Cordeiro, Tiago Rodrigues marcaram para Portugal, que esteve a perder em quase todo o jogo, chegando ao empate quando faltavam apenas um minuto e 55 segundos por jogar no tempo regulamentar, com a estratégia de 5x4, com um guarda-redes volante a ser importantíssimo, já que foi o elemento a tirar proveito e marcar.
O jogo começou com um equilíbrio que predominou em toda a primeira parte, mas foi mesmo a Espanha a chegar à vantagem no resultado, por intermédio de Ruano, que aproveitou uma brecha na defensiva portuguesa para inaugurar o marcador.
A segunda parte trouxe uma entrada forte de Portugal, mas não trouxe golo português. Esse chegou para os espanhóis, com Nacho Olivares a conseguir rodar sobre o fixo luso e, já em esforço, rematou para dentro das redes defendidas por Eurico Cunha, quando faltavam jogar 10 minutos na partida.
No entanto, a seleção das quinas não deixou de acreditar e, apesar de em certas ocasiões estar com as emoções à flor da pele, conseguiu chegar mesmo ao golo que reduzia a desvantagem logo no minuto seguinte ao 2-0, com Simão Cordeiro, que ainda não tinha marcado nenhum golo nos outros quatro encontros da competição, a fazer o golo que relançava o jogo.
Já mais perto do final do encontro, eis que José Luís Mendes lança a estratégia de guarda-redes avançado para criar superioridade na quadra e ter maiores possibilidades de chegar ao empate, que chegou mesmo a pouco menos de dois minutos dos 40 minutos de tempo regulamentar, com Tiago Rodrigues a marcar como guarda-redes subido.
O prolongamento acabou por chegar, com uma avalanche de ataques da seleção portuguesa e a Espanha a querer-se apenas 'livrar' posse de bola, com a confiança a estar claramente do lado dos lusos. O facto de a Espanha ter ficado 'tapada' por faltas à entrada para a segunda parte do tempo extra ajudou ao facto de a Espanha não querer ter bola.
E as faltas acabaram por ser decisivas para o resultado, já que os espanhóis chegaram à sexta falta feita por Miquel, o camisola 10, e deu um livre de 10 metros sem barreira para Portugal, mas Rodrigo Monteiro acabou por atirar à figura, para uma defesa complicada do guardião espanhol, a dois minutos e 45 segundos do final, antevendo-se uma decisão nas grandes penalidades.
Mas Portugal não queria penáltis e com uma investida de Renato Almeida pela esquerda a encontrar Eduardo Tchuda no segundo poste para enconstar para dar a vitória na partida.
Caminho até à final teve pleno de vitórias
A fase de grupos da seleção nacional portuguesa neste Campeonato da Europa de futsal no escalão sub-19 foi completamente imaculada no que a resultados diz respeito. Com três vitórias em três jornadas, frente à Itália, à Ucrânia e também frente à Ucrânia, Portugal conseguiu nove pontos com um registo impressionante de 21 golos marcados e apenas um sofrido ao longo de 120 minutos cronometrados.
A fase a eliminar não foi diferente, com um jogo frente à seleção da Eslovénia a ser mais uma demonstração da força desta turma das quinas, liderada por José Luís Mendes, acompanhado por duas lendas da seleção prinicipal portuguesa, que já venceram tudo o que havia para vencer a nível internacional, com um Mundial e um Europeu de futsal.
Uma vitória 'sem espinhas' diante dos eslovenos, por 3-0, acabou por resultar na inevitável final ibérica que já nos acostumou nesta competição, inclusive em outros escalões das camadas de formação como sub-17 e sub-21, que se jogou este domingo.