Trump questionou a capacidade de algumas cidades anfitriãs garantirem a segurança dos jogos do Mundial2026, organizado conjuntamente pelos Estados Unidos, Canadá e México, e sugeriu que as poderia declarar "não seguras", propondo alterar o plano detalhado pela FIFA em 2022.
"O torneio é da FIFA, a jurisdição é da FIFA, e é a FIFA que toma estas decisões", disse o vice-presidente da entidade que controla o futebol Victor Montagliani, na quarta-feira, numa conferência de negócios desportivos, em Londres.
As 11 cidades-sede dos EUA, além de três no México e duas no Canadá, têm um contrato com a FIFA, que enfrentaria problemas logísticos e legais significativos para fazer alterações a oito meses do inicio da competição, em 11 de junho de 2026.
O dirigente canadiano e também presidente da CONCACAF, entidade regional que regulamenta o futebol da América do Norte e Central, disse que o desporto é "maior do que qualquer debate político atual".
"Com todo o respeito pelos atuais líderes mundiais, o futebol é maior do que eles e sobreviverá ao seu regime, ao seu governo e aos seus 'slogans'. Essa é a beleza do nosso desporto, é que é maior do que qualquer indivíduo e maior do que qualquer país", disse Montagliani.
Os comentários de Trump foram em resposta a uma pergunta sobre as cidades do Mundial que se opõem às suas medidas de repressão da imigração e do crime, tendo o presidente norte-americano dito que se achar que não é seguro, muda os jogos de lugar.
Qualquer cidade que seja "um pouco perigosa para o Mundial", disse Donald Trump, referindo-se também aos Jogos Olímpicos de Los Angeles, a decorrer em 2028, será mudada, mas o presidente dos EUA espera que isso não aconteça.
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