Está 'entornado o caldo', no futebol nacional, depois de a Liga Portugal ter optado por reagendar o encontro da sétima jornada do principal escalão, entre o Arouca e o FC Porto, de domingo para a próxima segunda-feira, por força da Festa das Colheitas, que irá decorrer no próximo fim de semana, na vila aveirense.
A Câmara Municipal e as autoridades locais esperam uma afluência de milhares de pessoas a esta celebração, à imagem do que ocorre, tradicionalmente, todos os anos, pelo que entendem não estarem reunidas as condições de segurança para o referindo encontro e desaconselharam a sua realização, em simultâneo.
Ora, segundo explica, esta terça-feira, o jornal O Jogo, no cerne da questão está o facto de esta incompatibilidade não ter sido comunicado ao organismo presidido por Reinaldo Teixeira antes do sorteio da temporada de 2025/26, no início do passado mês de julho, que, assim, poderia ter colocado os homens de Vasco Seabra a jogarem 'fora de portas', nesta ronda.
Uma 'baranfunda' que provocou tamanha indignação junto da direção liderada por André Villas-Boas que, acrescenta a mesma publicação, esta já estará mesmo a estudar seriamente a possibilidade de avançar com a submissão de uma providência cautelar junto dos tribunais, no sentido de adiar esta partida para uma data posterior.
Este é, de resto, um dos principais motivos pelos quais os bilhetes ainda não foram colocados à venda, pese embora o Arouca-FC Porto esteja marcado já para as 20h00 (hora de Portugal Continental) da próxima segunda-feira, no Estádio Municipal de Arouca.
Os motivos da revolta
Na base da revolta azul e branca está o facto de, não só a decisão ter sido tomada, unilateralmente, pela Liga Portugal, como também de os lobos da serra não terem demonstrado a mínima disponibilidade para aceitarem o adiamento deste jogo, por exemplo, para o próximo dia 30 de outubro.
Além disso, é preciso ter em conta que, jogando na segunda-feira, o FC Porto é colocado num 'infernal' ciclo de três jogos em apenas sete dias, perante Arouca (a 29 de setembro, no Estádio Municipal de Arouca), Estrela Vermelha (a 2 de outubro, no Estádio do Dragão) e, finalmente... Benfica (a 5 de outubro, também no Estádio do Dragão), antes da pausa para compromissos internacionais.
Um contexto que dá alento ao departamento jurídico dos dragões, visto que, tal como já alegaram, na passada semana, em forma de comunicado, a alínea número 1 do Artigo 46 do Regulamento das competições não estará a ser respeitado, com o atual calendário.
"O agendamento, nas 30 horas seguintes à data inicial estabelecida, não se aplica nas situações em que um dos clubes em causa tiver de realizar um jogo oficial das competições da UEFA na semana seguinte, caso em que o jogo se realizará, ou completará, em data a estabelecer, por acordo entre os clubes ou, na falta de acordo, a Liga Portugal decidirá a data e hora do jogo", referiram.
Certo é que, antes da receção ao Arouca, a formação orientada pelo treinador italiano Francesco Farioli tem encontro marcado com o Salzburgo, na jornada inaugural da fase de liga da Liga Europa, pelas 20h00 da próxima quinta-feira, na Red Bull Arena, na Áustria.
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