Ao cabo de quatro jornadas, a Juventus cometeu, este sábado, aquele que foi o primeiro 'deslize' da nova temporada de 2025/26 da Serie A, ao não ter sido capaz de ir além de um empate a uma bola, na deslocação ao Stadio Marcantonio Bentegodi, perante o Hellas Verona.
O internacional português Francisco Conceição desfez o nulo, logo à passagem do 19.º minuto, mas a resposta por parte dos homens da casa surgiu à beira do apito para o intervalo, através de uma polémica grande penalidade assinalada por falta de João Mário e, posteriormente, convertida por Gift Orban.
Após um lançamento de linha lateral realizado diretamente para o 'coração' da grande área, o antigo jogador do FC Porto fechou os olhos para disputar a bola, no ar, com Victor Nelsson, tendo acabado por tocar na mesma, inadvertidamente, com o braço esquerdo.
Após recorrer ao VAR, o árbitro italiano Antonio Rapuano apontou para a marca dos 11 metros, num lance que acabaria por revelar-se decisivo, e que, juntamente com o cartão vermelho 'perdoado' a Gift Orban, por agressão a Federico Gatti, tirou Igor Tudor do sério.
"Gostava que, hoje, tivéssemos tido mais energia e praticássemos um futebol diferente, após três jogos em sete dias. Gostaria, também, que tivéssemos tido um árbitro diferente. Não fizemos um dos nossos melhores jogos, mas temos de abordar esta questão, porque não se pode vencer sempre", começou por afirmar o treinador da Vecchia Signora, na zona de entrevistas rápidas da plataforma de 'streaming' DAZN.
"O penálti é uma coisa vergonhosa, só quem nunca jogou é que pode assinalar algo assim. Ele não vê a bola, este penálti não existe. A regra é vergonhosa. E, depois, ainda há o cartão vermelho por exibir, por falta sobre Gatti. Eu vi. Disseram-me que ele nada assinalou. Nunca tinha visto nada assim, duas decisões como estas. Não sei o que dizer", prosseguiu.
"Se ele não exibe o cartão vermelho, aqui, não sei para que é que o estará a guardar. Se isto é um cartão vermelho, a verdade é que... É uma vergonha como é que, com o VAR, se tomam estas duas decisões. Não quero falar sobre isto para arranjar desculpas, mas é assim que se decidem os jogos. Estas decisões não são de 80-20, são 100% contra nós. São duas decisões erradas", rematou.
Liderança bianconera em risco
Apesar deste percalço, a Juventus permanece na liderança isolada do principal escalão do futebol italiano, com dez pontos conquistados em 12 possíveis, mais um do que os segundos classificados, o AC Milan (que visitou e derrotou a Udinese, por categóricos 0-3, sem o também luso Rafael Leão, que continua a recuperar de lesão) e o Napoli.
Um estatuto que, no entanto, corre sérios riscos de perder, uma vez que os campeões transalpinos em título ainda têm um encontro marcado com o Pisa, para as 19h45 (hora de Portugal Continental) da próxima segunda-feira, no Estádio Diego Maradona, pelo que, em caso de vitória, será ultrapassada no topo.
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