Viktor Gyokeres é, neste momento, um dos nomes mais badalados do futebol inglês, depois de, no passado mercado de transferências de verão, ter sido adquirido ao Sporting, a troco de uma verba na ordem dos 65 milhões de euros, que pode superar a barreira dos 76 milhões de euros, mediante o cumprimento de objetivos desportivos.
Nas cinco primeiras partidas oficiais com a camisola dos gunners, o internacional sueco somou um total de três golos, mas nem isso o impediu de ser alvo de críticas por parte da 'feroz' imprensa desportiva britânica. Ainda assim, este domingo, numa extensa entrevista concedida à estação televisiva britânica Sky Sports, o próprio garantiu que não se deixa afetar.
"Têm sido jogos diferentes. Alguns jogos têm sido mais complicados, nos quais não consegui jogar ao nível que queria. Talvez isso tenha dependido da maneira como o jogo se desenrolou, mas tive jogos em que me senti bastante bem, por isso, tem havido altos e baixos, mas, no geral, consegui marcar alguns golos e vencemos a maior parte dos jogos. Assim sendo, tem sido um início bastante bom, mas poderia estar a ser melhor", começou por afirmar.
"Tens de fazer a tua própria cena, tens de adaptar-te ao sítio onde estás a jogar. Tens de acreditar em ti mesmo e seguir em frente, aconteça o que acontecer, seja dentro ou fora do campo. Não me parece que tenhas de absorver aquilo que toda a gente em teu redor te diz. Não tens de ouvir tudo aquilo que é dito", prosseguiu.
"Quando eu jogava em Portugal, também havia muito disso. Lá, eles também vivem para o futebol. Por isso, de certa maneira, é um pouco semelhante, mas é claro que, aqui, é muito, muito maior. Analisam tudo aquilo que fazes, mas é o que é, e não há nada de errado com isso. Talvez não seja a minha prioridade número 1 ler tudo aquilo que é ditou ou aquilo que as pessoas escrevem. Só penso nas coisas que posso controlar, e em fazê-las bem", rematou.
A famosa 'máscara'
Ainda assim, o jogador de 27 anos de idade reconheceu que há uma crítica em particular que não esquece, que lhe foi dirigida por um treinador... dos sub-14: "Foi bastante cedo, quando ainda estava na Suécia. Eles tinham alguns jogos, nas distritais, e eu não joguei assim tão bem. Ele achou que eu não parecia incomodado e que não joguei bem, naquele jogo em específico. Ele disse que eu não tinha a parte mental para singrar no futebol. Essa ficou comigo, e ainda me lembro, aos dias de hoje".
Foi, de resto, pouco mais tarde que surgiu a 'máscara' que o próprio avançado popularizou, pela maneira como festeja os golos: "Sim, acho que isso faz um pouco de sentido, dada a maneira como as coisas se desenrolaram para mim. Depois de começar a fazê-la, comecei a marcar mais golos. E isso fez-me fazer a máscara ainda mais vezes".
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