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"Não posso ser privado". Renan Lodi rescinde com Al Hilal e causa bronca

Internacional brasileiro diz não ser possível privá-lo de "exercer a profissão" de futebolista e abandona o clube, com efeito imediato. Este, por seu lado, promete "tomar todas as medidas legais necessárias para preservar os seus direitos".

"Não posso ser privado". Renan Lodi rescinde com Al Hilal e causa bronca

© Getty Images

Carlos Pereira Fernandes
14/09/2025 10:52 ‧ há 2 semanas por Carlos Pereira Fernandes

Está instalada a polémica, na Arábia Saudita, depois de Renan Lodi ter recorrido às redes sociais para tornar pública a decisão de rescindir unilateralmente o contrato que mantinha com o Al Hilal, até junho de 2027, por lhe ter sido comunicado que não teria sido inscrito no campeonato do país.

 

"No início de 2024, cheguei ao maior clube da Ásia para três anos e meio de contrato. Sempre tive muito orgulho de defender o Al Hilal. Lutei pelos objetivos do clube, dediquei-me ao máximo e defendi a força do futebol saudita. Em pouco tempo, conquistei quatro troféus, mas sempre quis mais. Trabalhei muito para ajudar a colocar o Al Hilal no topo, onde merece estar", começou por escrever.

"Iniciei a temporada de 2025/26 motivado a trazer mais taças para o clube, sem me importar em disputar a posição entre os titulares. Mas, após a pré-temporada, na Alemanha, fui surpreendido com a notícia de que não poderia jogar na Liga saudita. Teria, somente, a chance de atuar em pouquíssimos jogos, na Liga dos Campeões asiática", prosseguiu.

"Essa situação fez-me refletir sobre o meu futuro. Ainda tenho muitos sonhos no futebol e não teria minutos suficientes, nesta temporada. Durante as últimas semanas, tentei reverter essa decisão junto do clube, para estar à disposição em todos os jogos do Al Hilal. Mas nunca tive uma resposta sobre como essa situação poderia ser resolvida amigavelmente", completou.

Nesse sentido, o internacional brasileiro tomou medidas: "Busquei assessoria jurídica, e fui informado de que não posso ser privado de exercer a minha profissão. Tomei a decisão de buscar os meus direitos, como qualquer trabalhador que é impedido de exercer o seu trabalho. Espero, ansiosamente, que os órgãos responsáveis julguem o meu caso o mais rápido possível, para que eu possa voltar a fazer o que eu amo sem nenhuma restrição".

"Agradeço imensamente por todo o carinho dos adeptos, nestes 20 meses. Vocês são o combustível que move o Al Hilal, todos os dias. Agradeço, também, aos profissionais do clube que me auxiliaram em todo esse período, em especial, aos fisioterapeutas, massagistas e demais jogadores, com quem construí uma grande amizade", rematou o agora ex-companheiro de equipa dos portugueses João Cancelo e Rúben Neves.

Al Hilal 'contra-ataca'

O Al Hilal não perdeu tempo, e, face ao sucedido, publicou um comunicado, através das plataformas oficiais, na qual lamentou o facto de o lateral-esquerdo já ter abandonado a Arábia Saudita para regressar ao Brasil, depois de ter enviado "uma carta através do seu representante legal", "declarando que o seu contrato com o clube tinha sido rescindido".

"Al-Kathiri [diretor de comunicação do Al Hilal] informa que a direção do clube não irá hesitar em tomar todas as medidas legais necessárias para preservar os seus direitos, em concordância com a regulação aplicável. Todos os desenvolvimentos relacionados com o caso serão anunciados, num esforço de aumentar a transparência junto dos sócios do Al Hilal", remata a nota.

Renan Lodi, recorde-se, chegou ao Al Hilal em janeiro de 2024, proveniente do Marseille, a troco de uma verba na ordem dos 23 milhões de euros, já depois de ter sido associado ao interesse, por exemplo, de Benfica e FC Porto. No espaço de pouco mais de ano e meio, o jogador de 27 anos de idade foi utilizado num total de 56 jogos oficiais, ao cabo dos quais somou quatro golos e dez assistências.

Leia Também: Com interesse no Brasil, Marcos Leonardo pondera rescindir com o Al Hilal

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