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Vieira 'ataca' Rui Costa e alega "favorecimento" à sua candidatura

O antigo presidente do Benfica Luís Filipe Vieira e atual candidato às eleições presidenciais no clube da Luz utilizou a Mesa da Assembleia Geral para criticar o atual líder das águias e acusá-lo de favorecimento da sua candidatura através desse meio.

Vieira 'ataca' Rui Costa e alega "favorecimento" à sua candidatura

© Rita Chantre / Global Imagens

Davide Rodrigues Araújo
10/09/2025 16:04 ‧ há 2 dias por Davide Rodrigues Araújo

Desporto

Benfica

A candidatura de Luís Filipe Vieira emitiu um comunicado ao qual a imprensa desportiva nacional teve acesso, esta quarta-feira, a acusar Rui Costa de utilizar a Mesa de Assembleia Geral (MAG) para favorecer a sua candidatura, referindo ainda vários "atropelos aos estatutos" que acabam por "ameaçar as eleições" no Benfica. 

 

Nesta nota oficial, o candidato e antigo presidente do clube da Luz refere ainda que o presidente da MAG deverá "cessar imediatamente funções" caso se confirme que este venha a ser candidato da lista de Rui Costa para representar a sua direção.

É ainda feita a referência ao facto de que o acompanhamento e certificação do ato eleitoral "podia ser assegurada por uma comissão eleitoral". No entanto, "foi opção da MAG externalizar globalmente o serviço a uma empresa não identificada, mas escolhida pela direção".

Recorde-se que, para além de Luís Filipe Vieira, Rui Costa (atual presidente), João Noronha Lopes, João Diogo Manteigas, Cristóvão Carvalho e Martim Mayer também concorrem ao cargo de presidente do Benfica, nas eleições agendadas para o próximo dia 25 de outubro.

Leia o comunicado na íntegra:

"A candidatura de Luís Filipe Vieira participou na reunião convocada pela Mesa da Assembleia Geral (MAG), realizada ontem, estando em curso vários atropelos aos estatutos e o favorecimento da candidatura de Rui Costa.

1. A ausência de representação da candidatura de Rui Costa, que estranhamos e deixa fundadas suspeições sobre a ligação privilegiada entre a MAG e a referida candidatura.

2. O PMAG, responsável máximo (em teoria) pelo ato eleitoral, não rejeitou a possibilidade de vir a ser candidato na lista que Rui Costa apresentar para a Direção; a confirmar-se esta possibilidade, não refutada após questão explícita que lhe foi colocada, o PMAG deve cessar imediatamente funções.

3. Toda a organização do processo eleitoral está a ser definida e acompanhada pela Direção, cujo Presidente se recandidatará, nomeadamente na definição dos serviços da empresa que está a ser proposta para certificar todo o processo eleitoral, incluindo as operações de voto físico e do putativo voto eletrónico.

4. A Direção de Rui Costa fica com o impensável poder de gerir o ato eleitoral, através da definição do caderno eleitoral, a contratação da parametrização e encriptação de dados no putativo voto eletrónico, na escolha dos locais de voto e quanto ao tempo e modo como esta informação é partilhada com as demais candidaturas.

5. Não existem garantias sobre o acesso das candidaturas ao caderno de encargos de contratação da empresa certificadora do ato eleitoral, nem o tipo de acesso que poderão ter às operações que irão realizar no ato eleitoral e que ditarão os resultados do sufrágio.

6. Esta função de acompanhamento e certificação podia ser assegurada por uma comissão eleitoral, plural e participada, mas foi opção da MAG externalizar globalmente o serviço a uma empresa não identificada, mas escolhida pela Direção.

7. A indefinição sobre a disponibilidade da Direção para discutir, debater e alterar o Regulamento Eleitoral, nomeadamente o Regulamento Eleitoral Alternativo apresentado pela candidatura Voltar a Ganhar.

8. O entendimento da MAG de que apenas a Direção pode submeter à votação da Assembleia Geral um Regulamento Eleitoral, o qual não pode ser alterado na reunião magna.

9. A falta de transparência quanto ao processamento do voto eletrónico e a rejeição por parte da Mesa da possibilidade de voto por correspondência colocam em risco o exercício do direito de voto por parte de milhares de sócios benfiquistas.

Desta forma, entende a nossa candidatura que a isenção, idoneidade e universalidade do ato mais importante do nosso Clube estão ameaçados. Por agora, daremos prioridade absoluta ao diálogo e à Assembleia Geral agendada para dia 27, para mostrar o nosso descontentamento, estupefação e até incredulidade, e conseguir que esta discussão resulte numas eleições que garantam a igualdade a todas as listas propostas.

Lisboa, 09 de setembro 2025

Pela candidatura de Luís Filipe Vieira"

Nas próximas semanas o Desporto ao Minuto vai publicar as entrevistas feitas aos candidatos à presidência do Benfica. Até ao momento, Rui Costa, Luís Filipe Vieira e João Noronha Lopes não manifestaram disponibilidade em responder às nossas perguntas. 

Leia Também: "Vieira falou em clima de medo, mas Pedro Proença mete medo a alguém?"

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