Joaquim Baltazar Pinto apoia uma eventual recandidatura de Frederico Varandas para um terceiro mandato na presidência do Sporting, numa altura em que ainda não foi esclarecido se este irá ou não levar o nome, uma vez mais, a votos, nas eleições agendadas para 2026.
Em entrevista concedida, esta quarta-feira, à Antena 1, Joaquim Baltazar Pinto, antigo presidente do Conselho Fiscal verde e branco que chegou a Alvalade em simultâneo com o atual líder máximo, enalteceu o trabalho levado a cabo pelo próprio, desde 2018, sem esquecer o estado em que o clube se encontrava.
"Quando eu entrei, era uma autêntica 'loucura'. Basta ver a invasão que houve a Alcochete e a expulsão que tive de fazer dos que invadiram Alcochete, portanto, havia uma divisão brutal entre os que apoiavam Bruno de Carvalho e os que não apoiavam Bruno de Carvalho", começou por afirmar.
"O Sporting estava completamente partido, não havia dinheiro para nada, o Sporting tinha batido completamente no fundo. A verdade é que, nestes sete anos, conseguiu consolidar tudo. As contas estão, neste momento, ótimas, conseguiu estabilizar o clube, tem-se ganho... Melhor era impossível", acrescentou.
"Benfica? É uma loucura autêntica..."
Joaquim Baltazar Pinto disse, ainda, acreditar na conquista do bicampeonato por parte do plantel às ordens de Rui Borges, isto apesar de reconhecer que os rivais diretos, Benfica e FC Porto, têm ao dispor 'armas' de sobra para darem luta.
"O Sporting tem uma bela equipa, mas as coisas estão mais complicadas, porque o Benfica e o FC Porto também se reforçaram. Estão melhores, sem dúvida nenhuma. O FC Porto nem se compara, tem um bom treinador [Francesco Farioli] e uma equipa superior à que tinha. E o Benfica tem gasto dinheiro que é uma coisa...", atirou.
"Não sei se os jogadores são todos bons, mas que tem gasto muito, tem. É uma loucura autêntica em termos de dinheiro. Agora, se os jogadores são bons... Quando se compra muito, nem sempre as coisas resultam. O Sporting está competitivo", completou.
O Benfica, recorde-se, foi o clube português que mais dinheiro investiu (perto de 105 milhões de euros) no já findado mercado de transferências de verão, nas aquisições de Richard Ríos, Franjo Ivanovic, Dodi Lukébakio, Amar Dedic, Samuel Dahl, Grorgiy Sudakov, Rafa Obrador e Enzo Barrenechea.
O FC Porto, por seu lado, aproximou-se da barreira dos 100 milhões de euros, com as contratações de Victor Froholdt, Gabri Veiga, Alberto Costa, Borja Sainz, Nehuén Pérez, Jan Bednarek, Dominik Prpic, Pablo Rosario, Jakub Kiwior, Luuk de Jong, João Costa e Pedro Lima.
O Sporting, por seu lado, foi mais comedido, visto que gastou menos de 70 milhões de euros, em Luis Suárez, Fotis Ioannidis, Georgios Vagiannidis, Giorgi Kochorashvili, Rui Silva, Alisson Santos, Ricardo Mangas e João Virgínia.
O defeso verde e branco ficou, de resto, marcado em grande parte pela autêntica 'novela' em que se tornou a transferência de Viktor Gyokeres para o Arsenal, que ficou selada a troco de uma verba na ordem dos 65 milhões de euros, que pode superar os 76 milhões de euros, mediante o cumprimento de objetivos.
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