O Fenerbahçe continua em busca de um novo treinador, após despedir José Mourinho, e nas últimas horas surgiu o nome do mais recente alvo que... dispensa apresentações. Zinédine Zidane estará no topo das preferências dos responsáveis do clube turco e pode ser, assim, o sucessor do treinador português no cargo, de acordo com o portal turco Sabah.
Curiosamente, Zidane e Mourinho chegaram a trabalhar juntos no Real Madrid, enquanto treinador e conselheiro, respetivamente, e agora o antigo craque gaulês poderá ser o responsável por dar outro rumo a um Fenerbahçe que desespera por recuperar o título de campeão turco que já lhe foge há mais de uma década.
Aos 53 anos, Zidane está sem clube desde o verão de 2021, altura em que deixou o Real Madrid após uma segunda passagem pelo comando técnico merengue.
Será, efetivamente, Zinédine Zidane uma opção real para o Fenerbahçe? Ou a ambição do clube turco estará a ser levada longe demais? O Desporto ao Minuto analisa os prós e contras deste rumor.
Por que pode acontecer?
No futebol, já se sabe, tudo pode acontecer. Muitas vezes as escolhas dos treinadores são imprevisíveis e os contornos financeiros fazem qualquer um mudar de ideias.
A própria contratação de Mourinho, no verão de 2024, por parte do Fenerbahçe também parecia ser altamente improvável para a grande maioria dos adeptos, mas aconteceu mesmo.
Tudo depende do projeto que for apresentado à lenda do Real Madrid e da disponibilidade do técnico francês. Zidane passou pelo comando técnico dos merengues e dificilmente se deixará impressionar pela pressão que será alvo na Turquia.
Por que não pode acontecer?
Ao longo dos últimos anos, o ex-internacional francês já foi associado a vários clubes, mas nunca nenhum deles conseguiu convencer o antigo mágico gaulês a regressar do longo período de férias. Clubes como Manchester United, PSG, Bayern Munique ou Juventus já tentaram, em tempos, convencer Zidane a aceitar os respetivos convites, mas levaram sempre com um redondo 'não'.
O técnico de 53 anos também já foi sondado por clubes da Arábia Saudita, com poderio financeiro inquestionável, e não se deixou levar pela tentação dos milhões.
Para lá disso, não há qualquer ligação de Zidane com o futebol turco. O antigo médio apenas representou quatro clubes na carreira e nenhum deles o aproxima da realidade turca. Em sentido inverso, por exemplo, a Juventus tinha essa 'carta na manga' mas nem isso serviu para consumar o seu regresso a Turim, desta vez para se sentar no lugar de treinador.
Há ainda a questão da pouca visibilidade do campeonato turco, visto como periférico e financeiramente tentador para treinadores com pouco mercado nos países de topo do futebol europeu.
Não menos importante será o alegado desejo de Zidane em ser selecionador de França. Nos últimos anos o antigo camisola 10 da seleção gaulesa tem sido apontado como o principal candidato a ocupar o lugar de Didier Deschamps como selecionador.
Deschamps já teve melhores dias, há relatos de que a sua relação com os jogadores está longe de ser a melhor, e uma prestação abaixo das expectativas no Mundial'2026 pode significar o final de ciclo.
Todas as semanas, o Desporto ao Minuto apresenta-lhe uma nova edição da rubrica 'O rumor da semana', que pretende analisar, ao detalhe, as circunstâncias em torno dos mais badalados negócios do mercado de transferências.
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