Mais um dia de história no hóquei em patins. Portugal carimbou o acesso à final do Campeonato da Europa, esta sexta-feira, ao derrotar Espanha nas grandes penalidades (2-3), após empate (2-2), em Paredes. A luta pelo troféu acontece já este sábado, diante de França, igualmente no Pavilhão Multiusos Rota dos Móveis, a partir das 21h15 (horário de Portugal Continental).
Com Xano Edo, Zé Miranda, Rafa, Gonçalo Alves e Hélder Nunes no cinco inicial, a seleção orientada por Paulo Freitas até foi a primeira a criar perigo, com uma investida de Gonçalo Alves logo nos primeiros segundos - ele que voltaria a ameaçar por mais duas ocasiões na primeira metade.
Do outro lado, Eloi Cervera, Pol Manrubia e Roc Pujadas foram testando a atenção de Xano Edo, mas nada disso foi sintomático de uma primeira parte de supremacia espanhola. Bem pelo contrário. Portugal soube como equilibrar o encontro, nomeadamente nas aproximações perigosas de Hélder Nunes e Miguel Rocha. Foram 25 minutos de grande nível, mas sem o mais importante: os golos.
O período de intervalo ficou marcado pela forte homenagem a Ângelo Girão, que terminou a carreira no final da época passada, ao serviço do Sporting, antecedendo uma segunda parte de 'loucos' no pavilhão de Lordelo.
Os golos não apareceram logo, é certo, mas bastou surgir a primeira adversidade para que os cerca de dois mil adeptos presentes no pavilhão 'empurrassem' os pupilos de Paulo Freitas para a glória. Minuto 37, golo de Sergi Aragonès e muita festa do lado dos espanhóis... mas por pouco tempo.
Miguel Rocha lá para dentro e o pavilhão todo a saltar.
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Apenas foi minutos depois, Miguel Rocha apareceu de forma 'sorrateira' junto à baliza de Càndid Ballart e, aos 39 minutos, restabeleceu a igualdade em Paredes. A 'loucura' que se fazia sentir no pavilhão acabaria por subir de tom pouco depois.
Logo após uma pausa técnica, a equipa das quinas mostrou ter dado ouvidos ao selecionador Paulo Freitas e, ao minuto 42, Hélder Nunes fez a diagonal e atirou para o golo da 'cambalhota'. Estava feito o 2-1 no marcador e o speaker intensificava o apoio junto dos muito adeptos lusos nos decisivos instantes finais.
HÉLDER NUNES
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A verdade é que, já nos últimos segundos, César Carballeira 'despejou' um balde de água gelada em Paredes, ao ter sorte no desvio para a baliza, com o 2-2 a forçar o prolongamento. Por essa altura, as melhores oportunidades pertenceram a Portugal, por intermédio de Zé Miranda, Rafa e Gonçalo Alves, mas o encontro só decidiu nos penáltis. E aí... houve o tão desejado grito da vitória. Xano Edo defendeu quatro penáltis e ajudou a fixar o 2-3 final. César Carballeira e Roc Pujadas marcaram para os espanhóis, enquanto Alvarinho e Gonçalo Alves (a duplicar) apuraram Portugal.
Recorde-se que Portugal arrancou a fase de grupos na passada segunda-feira, com três derrotas consecutivas diante de Itália (2-3), França (1-3) e Espanha (3-1), tendo acabado por sorrir depois nos 'quartos', esta quinta-feira, ao golear Andorra, por 11-2. Na fase mais importante da prova, os portugueses aplicaram um plano de 'vingança' aos espanhóis e apuraram-se, assim, para a final do Campeonato da Europa de hóquei em patins, em busca da 22.ª conquista da competição, na 'fuga' precisamente à vizinha Espanha (com 19 troféus).
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