A submissão de listas até 10 de outubro e a realização de debates entre candidatos constam do projeto de regulamento eleitoral aprovado pela direção do Benfica para o escrutínio de dia 25 do próximo mês, além do voto eletrónico.
De acordo com o documento divulgado hoje pela Mesa da Assembleia Geral (MAG) do clube lisboeta, que será votado pelos sócios em reunião magna em 27 de setembro e poderá entrar em vigor em 01 de outubro, cada candidatura aos órgãos sociais tem de ser entregue na sede social 'encarnada' até às 18:00 de 10 de outubro, 15 dias antes das eleições.
As listas devem ser subscritas por sócios do Benfica, representando, pelo menos, 10.000 votos na sua totalidade, sendo que, no caso de uma candidatura integrada a dois ou três órgãos, esse número mínimo de votos é exigido uma única vez para o conjunto das listas.
Finalizado o prazo de submissão, a MAG vai dispor de 36 horas para deliberar sobre a admissão das candidaturas e concederá 24 horas para a realização de correções em caso de irregularidades formais, com a campanha eleitoral a decorrer entre 14 e 24 de outubro.
Os órgãos de comunicação do Benfica vão ser colocados à disposição para todas as listas, havendo meios e iniciativas previstos, mas não vinculativos para as candidaturas, tais como um debate na BTV com todos os candidatos à presidência da direção - caso algum se recuse a participar, esse evento será realizado com os restantes.
O canal televisivo do clube vai ainda emitir tempos de antena e realizar entrevistas individuais aos aspirantes à presidência da direção, enquanto o jornal Benfica reservará espaço a cada candidatura e o sítio oficial dos 'encarnados' na Internet publicará os programas e listas, igualmente divulgados na 'newsletter' das 'águias', publicação regular enviada por correio eletrónico.
A pedido da MAG, os serviços administrativos do Benfica vão elaborar os cadernos eleitorais, compostos por um ficheiro informático com todos os nomes dos associados e das filiais com capacidade eleitoral ativa e o respetivo número de votos atribuídos a cada.
Os cadernos serão certificados pela entidade independente que acompanhará as eleições e encerrados a um mês da primeira volta, devendo identificar os sócios que, por residirem fora de Portugal continental, terão de votar por via eletrónica, caso as candidaturas não se oponham.
Esse recurso é mencionado em alguns dos 25 artigos do regulamento, mas foi contestado publicamente por João Diogo Manteigas e João Noronha Lopes, candidatos à presidência do Benfica, após uma reunião informal com o presidente da MAG, José Pereira da Costa, realizada em 28 de julho.
O sistema eletrónico de votação vai ser operado exclusivamente na plataforma de uma entidade certificadora contratada para o efeito, com acesso através de uma ligação personalizada, a ser enviada aos sócios com direito de voto, após validação pela MAG.
A autenticação dos votantes será feita com recurso a mecanismos de segurança definidos pela entidade certificadora, de modo a garantir a identidade e unicidade do voto, que será secreto, pessoal e intransmissível, não sendo permitida qualquer delegação do mesmo.
O funcionamento do sistema é objeto de relatório técnico final da entidade certificadora, mas, se o voto eletrónico não for admitido pelas candidaturas, a votação nos Açores, na Madeira e no estrangeiro vai decorrer nos mesmos termos da votação em Portugal continental.
Além das filiais, têm direito de voto os sócios com capacidade eleitoral ativa, maiores de idade e com mais de um ano de filiação efetiva associativa, desde que estejam com as quotas em dia, cuja data-limite de regularização para o efeito é 24 de outubro, às 23:59.
As eleições realizam-se no dia seguinte, com as mesas de voto a funcionarem das 08:30 até às 22:00, na presença de um delegado efetivo e outro suplente de cada candidatura.
Caso nenhuma das listas obtenha a maioria absoluta dos votos, será agendada pela MAG uma segunda volta eleitoral entre as duas mais votadas na primeira votação, devendo realizar-se até 15 dias a contar de 25 de outubro.
Nesse cenário, a investidura de todos os órgãos sociais, incluindo aqueles que tenham sido eleitos na volta inicial, terá lugar após o apuramento final dos respetivos resultados.
O anúncio será certificado pela entidade independente, tal como o transporte dos votos físicos para o Estádio da Luz, para arquivo ou recontagem, num processo concebido para garantir a possibilidade de auditoria.
Rui Costa, presidente do Benfica desde 2021, o empresário Luís Filipe Vieira, que liderou o clube entre 2003 e 2021, o gestor João Noronha Lopes, os advogados João Diogo Manteigas e Cristóvão Carvalho e o industrial Martim Mayer são os seis candidatos assumidos às eleições dos órgãos sociais dos 'encarnados' para o quadriénio 2025-2029.
Nas próximas semanas o Desporto ao Minuto vai partir para uma ronda de entrevistas com os candidatos à presidência do Benfica, ficando sujeito à disponibilidade dos mesmos.
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