Cinco dias após a derrota frente ao FC Porto (3-0), o Vitória SC corrigiu a má entrada na I Liga, este sábado, ao derrotar o Estoril, por 3-2, em Guimarães, num jogo emotivo em que todos os lances dos golos do conjunto de Luís Pinto tiveram de passar pelo crivo do videoárbitro.
O primeiro tempo recheou-se de peripécias, numa partida bem 'quentinha'. Os vimaranenses até foram os primeiros a criar perigo, com um remate de João Mendes à malha lateral da baliza de Joel Robles, mas seriam os canarinhos os primeiros a festejar. Aos 19 minutos, num lance de insistência, Rafik Guitane aproveitou uma defesa incompleta de Charles para celebrar o primeiro golo no encontro.
A verdade é que a equipa de Luís Pinto acusou a pressão do golo e viu a formação liderada por Ian Cathro somar alguns lances de perigo junto da baliza contrária, traduzindo-se em fortes de sinais de impaciência demonstrados a partir das bancadas, com assobios à mistura.
Foi preciso esperar pela reta final do primeiro tempo para que o conjunto de Guimarães começasse a somar várias ocasiões de perigo de forma consecutiva, sendo que coube a Miguel Nóbrega a responsabilidade de, com um cabeceamento certeiro, restabelecer a igualdade, aos 42 minutos. O lance ainda passou pelo crivo do VAR, até que os adeptos vimaranenses puderam (finalmente) festejar.
O tempo de compensação alargou e, com ele, aumentou também a tensão entre os jogadores e as equipas técnicas, motivando confrontos físicos e uma 'chuva' de cartões, com espaço ainda para oportunidades de Vando Félix e Tomás Handel.
O arranque do segundo tempo não contou com mexidas e até foi preciso esperar que surgissem três golos para que os treinadores mexessem. Mas vamos por partes.
O Vitória SC entrou a todo o gás e, com um 'susto' provocado por Jordan Holsgrove pelo meio, Nelson Oliveira acabaria por carimbar o tento da 'cambalhota', com um novo cabeceamento certeiro, aos 52 minutos. O árbitro assistente começou por invalidar o lance por fora de jogo, mas o VAR não tardou em validar a jogada, por 42 centímetros de posição regular.
Dez minutos depois, Tiago Parente viu o seu remate desviar caprichosamente em Rodrigo Abascal e, enganando Charles, acabou por festejar o tento do empate, porém, na jogada praticamente a seguir, os pedidos de penálti de Tiago Silva, após toque de João Carvalho, voltariam a provocar mexidas no marcador.
À semelhança dos dois golos dos vitorianos marcados até então, o árbitro José Bessa teve de esperar pelo VAR e, após a revisão das imagens, apontou para a marca de penálti, permitindo a que Tiago Silva fizesse o 3-2 ao minuto 69, embora Robles ainda tenha adivinhado o lado.
A partir daí, com as várias substituições de parte a parte, o jogo entrou numa fase mais incaracterística. Da mesma forma que o Estoril ainda sonhou com o 3-3, também o Vitória SC ficou perto do 4-2 por diversas ocasiões, acumulando falhanços de Gustavo Silva e João Mendes até que chegou o apto final.
Desta forma, o Vitória SC soma os primeiros três pontos no nono posto, a meio da tabela, enquanto o Estoril mantém-se com um ponto conquistado, fruto do empate diante do Estrela da Amadora (1-1) na jornada inaugural, na 11.ª posição.
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