Nuno Espírito Santo concedeu, esta sexta-feira, uma extensa entrevista à estação televisiva britânica Sky Sports, na qual assumiu que o momento que o Nottingham Forest vive é de 'alerta máximo', a menos de 72 horas da entrada em cena na nova temporada da Premier League, perante o Brenford, no City Ground.
Os reds realizaram sete partidas de pré-época, nas quais apenas conseguiram marcar... um golo, totalizando derrotas diante de Fulham (do compatriota Marco Silva, por 1-3) e Birmingham City (por 1-0), e empates a 'zeros' com Chesterfield, Monaco, Estoril, Fiorentina e, mais recentemente, Al-Qadisiyah.
A isto há, ainda, a acrescentar o facto de o treinador português se ter visto privado de Anthony Elanga, uma das duas principais referências, em 2024/25, que foi vendido ao Newcastle, por mais de 60 milhões de euros, enquanto que, em sentido inverso, foram adquiridos apenas quatro reforços (Dan Ndoye, Igor Jesus, Jair Cunha e Angus Gunn).
Um conjunto de circunstâncias que levantam sérias dúvidas quanto às possibilidades de sucesso desportivo, em 2025/26: "Estamos muito, muito longe do ponto em que deveríamos estar. Estamos muito atrasados ao nível da preparação, ao nível do planeamento e ao nível do plantel, pelo que estamos todos muito preocupados pelo facto de, dentro de dois ou três dias, estarmos a jogar, na Premier League, a mais exigente competição do mundo".
"Estamos atrasados. Muito, muito atrasados. Os planos que tínhamos não se concretizaram. A preparação, ao nível do plantel, não foi a ideal. Não tivemos a oportunidade de criar uma ligação, e penso que isso é o mais importante, porque não sabemos que plantel temos. Temos jogadores a trabalhar, aqui, que sabem que vão sair, por empréstimo. Temos um grave problema", acrescentou.
Europa passou de sonho a 'dor de cabeça'
O Nottingham Forest foi a equipa-sensação da passada temporada da Premier League, de tal maneira que chegou mesmo a estar na luta pelos lugares de apuramento para a Liga dos Campeões, quando muitos o apontavam à mera busca pela manutenção, acabando por alcançar uma histórica sétima posição, que lhe valeu o apuramento para a Liga Europa.
No entanto, aquilo que era um sonho, acabou por tornar-se numa 'dor de cabeça': "Se jogas na Europa, seja na Liga Europa ou na Liga Conferência Europa, sabes que vais ter um novo desafio pela frente. Por isso, ao nível da preparação, nada mudou. Perdemos uma oportunidade muito boa para fazer as coisas melhor".
"Por isso, agora, temos duas semanas pela frente, e, depois dessas duas semanas, poderemos avaliar como estão as coisas, mas aquilo que desperdiçámos foi a oportunidade de fazer as coisas melhor. E isso não iremos recuperar. Vamos ver qual será a nossa abordagem. Temos um plantel que é desequilibrado, que não tem opções em muitas, muitas posições. Por isso, estamos a arriscar muito ao disputar estes jogos", atirou.
O aviso está dado, pelo que resta, agora, saber como irá comportar-se o Nottingham Forest, no próximo domingo, a partir das 14h00 (hora de Portugal Continental), no City Ground.
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