Quinta-feira foi noite de 'La décima' para o Benfica. O Estádio do Algarve recebeu aquela que foi a 47.ª edição da Supertaça Cândido do Oliveira, num 31 de julho com um calor tropical a sul do país. Estava aberta, de forma oficial, a porta para a temporada 2025/26.
Cerca de dois meses depois da festa da final da Taça de Portugal a fechar a época 2024/25, os mesmos protagonistas da festa verde e branca no Jamor, e que valeu a dobradinha ao conjunto orientado por Rui Borges, juntaram-se a sul do país para dar o tiro de partida da nova temporada.
Num duelo com menos golos do que aquele que teve lugar em maio passado, mas mais equilíbrio, um golo de Pavlidis entregou o título à turma encarnada. Já sem Viktor Gyokeres, entretanto transferido para o Arsenal, o Sporting falhou aquele que seria o terceiro título seguido diante das águias.
Aos 50 minutos, e aproveitando um erro de Rui Silva, Pavlidis marcou o único tento do jogo num remate de pé direito que valeu ao Benfica a conquista da 10.ª Supertaça. Se há dois dias tinha sido o autocarro do Sporting que tinha furado um pneu a caminho desta mesma final, o guarda-redes leonino, que tem mostrado qualidade desde que se mudou para Alvalade, fica ligado ao lance que acaba por decidir a partida.
Bruno Lage, que tinha vencido de goleada o Sporting na Supertaça, neste mesmo local, em 2019, volta a ser feliz. Já o Benfica isola-se como o clube com mais títulos em Portugal. No entanto, e neste capítulo das Supertaças, as águias estão muito distantes do recordista FC Porto, que soma 24 ceptros.
Mas vamos às notas desta partida:
Figura
O homem do jogo não podia ser outro que não Vangelis Pavlidis. Deu-se pouco por ele ao longo de toda a partida, mas fez o que lhe competia e apontou o único golo do encontro. O grego vingou as derrotas no campeonato e Taça de Portugal, na última temporada.
Surpresa
Leandro Barreiro foi a grande surpresa de Bruno Lage para esta partida. Muito se falou sobre quem faria companhia a Enzo Barrenechea no meio-campo encarnado. Escreveu-se que podiam ser Florentino Luís ou o jovem João Veloso a surgir no onze, mas a aposta recaiu sobre o luxemburguês. O médio não deu a oportunidade por perdida e foi mesmo um dos melhores em campo. Ainda que parta atrás do argentino e de Richard Ríos para ser titular, mostrou que pode ser uma boa opção como suplente.
Desilusão
Rui Silva acaba por ficar ligado à história da partida, mas de forma negativa. Elemento fundamental na época passada que culminou com uma dobradinha, o guarda-redes podia ter feito melhor no lance do golo de Pavlidis. Costuma-se dizer que no melhor pano cai a nódoa e foi isso mesmo que aconteceu no Algarve.
Treinadores
Rui Borges
O treinador do Sporting acabou por ser um pouco traído pelas substituições. Foi evidente a mudança tática em relação à última temporada, com os bicampeões nacionais a surgirem com quatro defesas. No entanto, e na hora de refrescar a equipa, o transmontano arriscou pouco e pode queixar-se da falta de arrojo.
Bruno Lage
O Benfica entrou em campo com quatro médios, dois deles bem defensivos, o que revelou que Bruno Lage estava com algum receio do que poderia vir do outro lado. Com um setor intermediário bem musculado, os encarnados acabaram por ser salvos graças a um golo de Pavlidis. O Sporting foi incapaz de contornar este 'muro'.
Arbitragem
Fábio Veríssimo não teve erros gritantes no desenrolar da partida, mas demonstrou alguma dificuldade em controlar as incidências da partida. Prova disso foi o número elevado de cartões amarelos que mostrou ao longo do tempo de jogo.
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