Aí está o segundo reforço do FC Porto para a nova temporada. O conjunto azul e branco fez saber, esta quarta-feira, que assegurou a contratação de João Costa. Oito anos depois de se ter desvinculado dos portistas e de ter saído do Estádio do Dragão lavado em lágrimas, o guarda-redes português voltou ao clube da Invicta e rubricou um contrato válido para as próximas cinco temporadas, até junho de 2030.
O guardião, de 29 anos, esteve ao serviço do Estrela da Amadora na temporada passada, depois de até ter iniciado a época no Feirense. Nascido há 29 anos em Barcelos, João Costa entrou no FC Porto em 2006. De dragão ao peito conquistou o título de campeão nacional de iniciados (2010/11), juvenis (2011/12) e juniores (2014/15), conquistou a II Liga ao serviço da equipa B (2015/16) e acabou cedido ao Gil Vicente em 2017/18. Finda a ligação aos dragões, que durou entre 2006 e 2017, o jogador aventurou-se no estrangeiro.
João Costa rumou a Espanha, onde passou cinco épocas ao serviço do Cartagena, do Mirandés, do Granada e do Real Murcia. O regresso a Portugal processou-se no ano de 2023 através do Feirense. Após época e meia na baliza dos fogaceiros, mudou-se para o conjunto da Reboleira. Regressa agora ao FC Porto e vai envergar a camisola número 24, que era de Nehuén Pérez, com o argentino a ficar com a 18.
"Regressar ao FC Porto neste momento representa tudo para mim e a minha família estar presente representa a base de todo o sucesso, porque ninguém consegue nada sozinho. As nossas bases são muito importantes, a educação, o apoio nos momentos mais difíceis. Sem eles eu posso dizer que provavelmente não conseguiria estar aqui hoje. E a presença do presidente é um prazer enorme. Além de presidente é uma lenda do nosso clube, venceu títulos sem igual de uma época histórica e acho que não há melhor maneira de regressar quando se junta tudo o que realmente é importante", afirmou João Costa, em declarações aos meios oficiais do FC Porto.
𝑨𝒔 𝒄𝒉𝒂𝒗𝒆𝒔 𝒅𝒆 𝒄𝒂𝒔𝒂 𝒏𝒖𝒏𝒄𝒂 𝒔𝒆 𝒑𝒆𝒓𝒅𝒆𝒎
— FC Porto (@FCPorto) July 9, 2025
Bem-vindo de volta a casa, João Costa #SeguimosJuntos @Joaocosta_24 pic.twitter.com/Oyx8buAHvz
O guarda-redes português falou ainda do que é o sentimento de vestir a camisola do FC Porto e recordou os obstáculos que enfrentou na sua carreira.
O balneário do Dragão: "Acho que não há sítio melhor, este é o nosso lugar sagrado, é assim que pensamos nele, é onde vivemos todas as vitórias, é onde nós nos superamos nos momentos menos bons, é onde se respira a mística, onde se sente a união para conquistar grandes coisas, é um lugar único e é um prazer enorme poder estar aqui e poder trazer a minha família, porque isto realmente é um lugar único. Só quem passa por aqui sente a energia que aqui está."
O caminho das pedras: "O que eu tive de fazer foi nunca desistir e acreditar sempre, fui alimentado pelo sonho de voltar. Nos momentos decisivos nunca deitei a toalha ao chão por tudo que me ensinaram, tanto aqui como a minha família. Essa foi a base para eu poder aguentar tudo o que aguentei. Já passei por duas lesões graves, já joguei na terceira divisão, já joguei na segunda, estive cinco anos fora do país. Comecei na primeira divisão aos 29 anos, quando muita gente se calhar esperava que eu chegasse aos 20, e ter que lidar com isso parece fácil, mas nós também somos pessoas, também temos sentimentos e também sentimos a pressão do futebol, mas eu fui preparado para isso. Costumo dizer que fui ensinado para vencer. E espero que o meu exemplo valha a pena ser contado, principalmente aos mais jovens, porque os sonhos podem ser cumpridos. Só temos que acreditar neles, visualizá-los na nossa mente, passá-los para o coração e dar tudo todos os dias para o conseguir."
Um adepto no plantel: "No FC Porto todos os jogadores têm qualidade, de outra forma não estariam aqui. É um Clube que exige uma qualidade acima da média e o que eu posso acrescentar é a minha cultura de trabalho, a minha liderança enquanto companheiro, a minha energia, acrescentar sempre numa perspetiva de ajudar os colegas, tentar também passar a exigência e a responsabilidade de representar esta camisola. Temos de perceber que ao representar o FC Porto não nos estamos a representar só a nós e ao Clube. Estamos a representar os adeptos, uma região, a família, as nossas carreiras e tudo o que isso implica. Tem de haver sentido de responsabilidade e acho que isso tem a ver com a cultura de trabalho. Todos os dias, dentro do campo, fora dele e em tudo o que isso implica."
Este é o segundo reforço do FC Porto para a próxima temporada desportiva, depois de ter sido anunciada a chegada do espanhol Gabri Veiga.
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