"Há uma panóplia de situações em que, se melhorarmos, se dermos mais condições nas diversas modalidades, neste caso na canoagem, podemos estar na primeira linha [internacional]. Não temos nada a temer, pelo contrário. Somos concorrentes com os melhores do mundo, é isso que temos visto", disse.
Aguiar-Branco falava durante a entrega do voto de saudação, aprovado por unanimidade pela AR em reconhecimento pelos resultados alcançados no Campeonato da Europa de Canoagem de Velocidade e Paracanoagem, em junho em Racice, República Checa.
"Agora, não se fazem omeletes sem ovos e é preciso que atendamos mais a estas situações, ao percurso, e dar melhores condições para que esse percurso se possa fazer", reforçou.
Nos Europeus, Fernando Pimenta foi campeão da Europa em K1 1.000 e 5.000 metros, enquanto Gustavo Gonçalves, João Ribeiro, Messias Baptista e Pedro Casinha levaram o ouro em K4 500, o mesmo conseguido por Norberto Mourão na classe adaptada VL200. Já Messias Baptista foi prata em K1 200.
"É evidente que as questões orçamentais são relevantes, não dá para tudo, mas seguramente há caminho a fazer, há opções que seguramente podem ser feitas de forma mais conseguida para atingir os objetivos que todos desejamos", vincou, depois de o presidente da FPC, Ricardo Machado, se ter queixado da estagnação dos apoios à modalidade na última década.
O presidente da AR entende ainda que estes "momentos simbólicos de reconhecimento" dos resultados internacionais de excelência se convertem em "momento mediático" que, defende, ajudam a "fazer uma magistratura de influência no sentido" que todos desejam.
Destacou o percurso da federação canoagem e de todos os seus agentes, nomeadamente o "trabalho árduo, persistente, com sacrifício e exigente" que agora merece o tributo da AR, "por unanimidade".
O evento decorreu na sede da FPC, em Vila Nova de Gaia, na presença de membros da direção do organismo, bem como dos atletas medalhados e das respetivas equipas técnicas.