"É difícil colocar em palavras o quão grande é a minha desilusão após o que aconteceu ontem [na segunda-feira]", escreveu o corredor da Alpecin-Deceuninck nas redes sociais.
O então camisola verde da 112.ª Volta a França caiu durante a terceira etapa, quando disputava o sprint intermédio, e fraturou a clavícula direita e pelo menos uma costela.
"[Este desfecho] está longe de como eu imaginei que seria o meu Tour. Mas, às vezes, a vida atinge-nos em momentos em que tudo parecia demasiado bom para ser verdade", prossegue o belga de 27 anos.
No sprint intermédio da terceira tirada, o francês Bryan Coquard (Cofidis) quis sprintar onde não havia espaço, embateu em Laurenz Rex (Intermarché-Wanty) e provocou a queda de Philipsen, com o primeiro camisola amarela da 112.ª edição e vencedor de 10 etapas no Tour - e também da classificação por pontos em 2023 -- a cair desamparado e com violência no asfalto e a abandonar de imediato.
"Com este grande revés, olho com orgulho para aquilo que alcancei: começar com a camisola amarela, passá-la ao Mathieu [van der Poel] no dia seguinte, e brilhar vestido de verde... foi um início de sonho. Estou 100% convencido de que a minha equipa prosseguirá esta bonita viagem em França", afirmou.
Um dos grandes candidatos a vestir a camisola verde em Paris, em 27 de julho, Philipsen termina a sua publicação, ilustrada com uma fotografia sua no hospital, agradecendo as mensagens de apoio que recebeu.
Antes, a Alpecin-Deceuninck já tinha informado que o seu corredor foi operado na noite passada, no hospital de Herentals, na Bélgica, para "reparar a clavícula e a articulação acromioclavicular", tendo a intervenção sido bem-sucedida.
"Agora, começa o caminho da recuperação e estaremos a apoiá-lo em todo o momento", promete a formação que tem Van der Poel na liderança da geral da 'Grande Boucle'.
O neerlandês partiu hoje de amarelo para a quarta etapa, que vai ligar Amiens a Rouen, no total de 174,2 quilómetros.