A morte de Diogo Jota, na sequência de um acidente de viação sofrido na madrugada desta quinta-feira, em Espanha, está a abalar o mundo do desporto, tendo levado Roberto Martínez, selecionador nacional, a reagir de forma emotiva ao trágico acontecimento.
"Fomos todos atingidos por esta estratégia. Estamos todos desolados. Os nossos pensamentos vão para a esposa Rute, os seus três filhos e a restante família e amigos de Diogo Jota e André Silva", começou por dizer o selecionador nacional, durante a gravação de um vídeo.
"Criámos na seleção uma família que vai muito além do futebol. O Diogo é parte importante dela, dentro e fora de campo. O seu profissionalismo e a sua crença eram simultaneamente contagiosos e exemplares", vincou de seguida.
No relvado, o Diogo vestia a camisola com orgulho. O seu trabalho na área é de nível mundial. Sentimos a dor da família e, nesta tragédia, fazemos questionar a vida no geral. Portugal vai sentir a falta de um dos seus heróis", completou Roberto Martínez.
Recorde-se que Diogo Jota encontrava-se a caminho de Inglaterra mas foi aconselhado a deslocar-se de automóvel (e só depois de ferry), em vez de avião, por motivos de saúde, segundo avança a imprensa desportiva nacional.
Em função da mais recente intervenção cirúrgica ao pulmão a que foi submetido, já depois da conquista de Portugal na Liga das Nações, o ex-avançado do Liverpool recebeu indicação para não fazer a deslocação de avião, de forma a evitar a pressão da cabine, pelo que o plano passava por chegar a Santander, em Espanha, partindo num barco com destino a Portsmouth, num percurso de cerca de 30 horas.
O fatal acidente, recorde-se, aconteceu na A-52, na zona de Zamora, a cerca de 350 quilómetros do local, na sequência de um despiste que terá sido causado pelo rebentamento de um pneu, enquanto era realizada uma ultrapassagem, seguindo-se um incêndio.
Diogo Jota representava atualmente o emblema de Anfield, onde jogava desde a temporada 2020/21, tendo disputado 182 jogos pelos reds e marcado 62 golos. Em Portugal, o minhoto jogou com a camisola do Paços de Ferreira antes de ser transferido para o Atlético de Madrid, onde foi emprestado ao FC Porto, onde ficou apenas uma temporada antes de ser novamente emprestado para Inglaterra, para representar o Wolverhampton, que militava no Championship, tendo ficado a título definitivo por uma quantia de 14 milhões de euros.
Depois de mais duas temporadas ao serviço do Wolves, rumou a Liverpool por cerca de 45 milhões de euros, onde tinha estado nas últimas cinco temporadas (com destaque para a conquista da mais recente Premier League), enquanto se prepara para iniciar a sexta época pelo clube de Anfield. Tudo aconteceu após um mês em que o antigo avançado, de 28 anos, conquistou a sua segunda Liga das Nações, ao serviço de Portugal, para além de se ter casado no passado dia 22 de junho, deixando três filhos, na sequência do fatal acidente.
[Notícia atualizada às 18h49]
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