Martín Anselmi fez, este domingo, a antevisão ao derradeiro jogo do FC Porto no Grupo A do Mundial de Clubes, que decorre nos Estados Unidos. Os dragões vão enfrentar os egípcios do Al-Ahly.
Com apenas um ponto somado até então, a equipa portuguesa está obrigada a ganhar de forma a alimentar esperanças de seguir em frente na competição.
Ainda assim, a vitória poderá não ser o suficiente, estando dependente do resultado entre o Palmeiras e o Inter Miami, que irá ocorrer à mesma hora, a partir das 2 da manhã na madrugada de segunda para terça-feira (horário de Portugal Continental).
“Não queremos passar pelo Mundial de Clubes com esta imagem. Sabemos que no Porto amanhã é um dia de festa, um dia importante para a cidade, e queremos que a festa seja completa. Para isso temos de ganhar amanhã e dar essa alegria aos adeptos”, reforçou o técnico Martín Anselmi, consciente de que o coletivo terá de dar uma resposta firme em campo.
“Mais do que pensar no adversário, temos de pensar em nós. Temos que competir de maneira diferente, porque no último encontro não competimos como queremos, tanto ofensiva como defensivamente. Temos o orgulho ferido e não é esta a imagem que queremos dar. Temos uma oportunidade para reverter essa imagem contra um adversário poderoso no continente africano que ganhou duas das últimas quatro Champions, tem um bom treinador, jogadores dinâmicos e é tricampeão egípcio. Temos que fazer bem o nosso trabalho.”
O argentino, ex-Cruz Azul, comentou ainda as recentes palavras do presidente do clube, André Villas-Boas, que afirmou sentir "vergonha" pela derrota (1-2) com o Inter Miami, na ronda anterior.
“Quando cheguei aqui conheci um presidente que dedica todo o tempo ao FC Porto, que está comprometido todo o dia, sem folgas, sem férias, sem horários… e nós também. Para nós o FC Porto é o mais importante que temos. É importante fazer autocrítica, perceber o que não estamos a fazer bem e saber o que nos falta. É preciso dar o murro na mesa, mas temos de saber que murro queremos dar, não dar por dar. Estamos a trabalhar todos os dias para dar esse murro na próxima temporada, mas o primeiro murro tem que ser dado amanhã. Encontrei um clube onde os jogadores e staff sabem muito bem o que é o FC Porto. Se não temos humildade de perceber o que temos feito mal, então não vamos encontrar soluções. Humildade é a palavra chave. Temos de ser humildes para perceber o que não está a ser bem feito."
Questionada sobre se sente o lugar de treinador do FC Porto em risco, Martín Anselmi recusou tal ideia: "Reconhecer se sou ou não capaz de fazer o meu trabalho, se sou ou não capaz de reverter ou não uma situação… é difícil eu render-me. Sinto-me tranquilo com o meu trabalho e o do meu corpo técnico. Temos a consciência muito tranquila, damos tudo pelo clube, sabemos o que nos falta e o que temos de mudar na próxima temporada."