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'Não há duas sem três', Cristiano Ronaldo. Portugal 'reina' na Europa

As notas do Portugal-Espanha, que conduziu a seleção das quinas à conquista de mais uma Liga das Nações. Nuno Mendes voltou a dar 'show' e Cristiano Ronaldo apareceu quando mais foi preciso, até que Diogo Costa brilhou na hora das grandes penalidades.

'Não há duas sem três', Cristiano Ronaldo. Portugal 'reina' na Europa

© Getty Images

Miguel Simões
09/06/2025 07:00 ‧ há 3 meses por Miguel Simões

Dia 8 de junho de 2025, dia de uma nova página de história escrita pela seleção nacional. Portugal voltou a arrecadar a Liga das Nações, este domingo, ao vergar a vizinha Espanha (2-2, 5-3 após grandes penalidades), em Munique, naquela que foi a terceira conquista da história, em menos de uma década.

 

Aquele provérbio 'não há duas sem três' aplica-se perfeitamente a Cristiano Ronaldo, o único 'sobrevivente' da seleção das quinas que, depois daquele doloroso Campeonato da Europa de 2004, viajou das conquistas do Euro'2016 até às Ligas das Nações de 2019 e 2025. Contribuiu muito para todas elas, mas para esta precisou da magia de... Nuno Mendes.

Nem se pode dizer que a equipa liderada por Roberto Martínez tenha entrado mal no duelo ibérico, só que o poderio de Espanha veio ao de cima, traduzido no golo inaugural de Martim Zubimendi (21'). A resposta, essa, apareceu praticamente logo a seguir, com Nuno Mendes (26') a 'inventar' um lance na grande área contrária e a empatar a final.

À beira do intervalo, Mikel Oyarzabal (45') foi o autor de um golpe duro para os lusos, inviabilizando qualquer tipo de reação imediata. Seria uma questão de tempo. Cristiano Ronaldo aproveitou o 'show' do defesa que venceu a Liga dos Campeões pelo PSG e, aos 61 minutos, marcou pelo segundo jogo consecutivo ao rubricar o seu 938.º golo, 'empurrando' o jogo para o prolongamento - não sem antes ser fortemente ovacionado quando foi substituído, por queixas físicas.

O peso dos 40 anos. Cristiano Ronaldo abandonou final com ovação

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Internacional português foi substituído por Gonçalo Ramos, na final da Liga das Nações, diante de Espanha.

Notícias ao Minuto | 22:02 - 08/06/2025

Durante esses 30 minutos, Portugal até surgiu algo 'atrevido' em certos momentos, mas as decisões aconteceram no desempate por penáltis. Diogo Costa quis ser tão protagonista como Nuno Mendes e CR7, defendendo um remate de Álvaro Morata, precisamente antes de Rúben Neves apontar o 5-3 final. Estava completada a 'vingança' da eliminação nas 'meias' do Euro'2012, aos pés dos espanhóis, também nos penáltis.

Do célebre 10 de julho de 2016, passando pelo 'caseiro' 9 de junho de 2019, ao também marcante 8 de junho de 2024, a seleção portuguesa mostrou ao mundo o motivo pelo qual é considerada uma das melhores de sempre. E isto não vai - nem pode - ficar por aqui...

Vamos então às notas da partida:

Figura

Nuno Mendes não rima com génio, mas combina na perfeição. Embalado pela conquista da Champions (ao lado de João Neves, Vitinha e Gonçalo Ramos), o lateral-esquerdo fez o que quis no seu corredor, ao ponto de 'sentar' Lamine Yamal. O ex-Sporting mostrou que Portugal tinha uma palavra a dizer na final, com o golo do empate, seguindo-se a assistência para CR7, figurando como o melhor jogador da partida.. e da final four.

Surpresa

Cristiano Ronaldo até pode ter estado algo desaparecido no primeiro tempo, mas apareceu quando mais foi preciso. 'Surpreendendo' os críticos (ou talvez não), o avançado do Al Nassr não desistiu daquela bola 'caprichosa' de Nuno Mendes e, tal como nas 'meias', desenhou outro golo 'made in Sporting'. Sem forças para jogar o prolongamento, CR7 foi substituído (88') e até saiu aplaudido pelos adversários.

Desilusão

Óscar Mingueza rendeu Pedro Porro no onze inicial de Espanha, mas não teve a mesma profundidade que Marc Cucurella assumiu no corredor contrário. O lateral-direito do Celta acumulou vários duelos falhados e perdas de posse de bola, mas nem por isso deixou de transitar para o prolongamento. Ao fim de três minutos, já estava a ser substituído, precisamente, pelo compatriota ex-Sporting.

Treinadores

Roberto Martínez 'ateimou' em colocar João Neves na lateral-direita, mas desta vez lançou Vitinha e Francisco Conceição diretamente para o onze. As correções voltaram a ser feitas no balneário, em tempo de intervalo, sendo que as mexidas ao longo do segundo tempo deram força a Portugal para continuar dentro do jogo. Desta vez, a sorte na lotaria dos penáltis sorriu à seleção nacional, premiada pela crença e união.

Luis de la Fuente também fez duas mexidas na equipa inicial de Espanha, porém, contrariamente ao seu adversário, quis manter o onze intacto durante grande parte do jogo, de tal forma que só deu arranque à ronda de substituições a partir do minuto 75. Houve critério e ponderação, mas a tal supremacia esteve longe de ser palavra de ordem, pelo que o desfecho também acabou por ser mais 'traiçoeiro'.

Árbitro

Sandro Scharer não teve uma noite fácil em Munique e prova disso é que teve de esperar pacientemente pela validação do VAR em três dos quatro golos. Se no caso do primeiro festejo de Portugal, as linhas de fora de jogo 'espelham' a regularidade do lance, o mesmo não se pode dizer dos golos de Espanha, um pelo aparente fora de jogo posicional de Oyarzabal e outro por uma falta sobre Bernardo Silva no início da jogada.

Leia Também: Não há quem meta travão. Portugal verga Espanha e vence Liga das Nações

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