Sharron Davies, 'lenda' da natação britânica, não poupou, esta terça-feira, nas críticas tecidas ao Comité Olímpico Internacional (COI), pelo facto de ter deixado Imane Khelif nos últimos Jogos Olímpicos, realizados na capital francesa de Paris.
A medalhada de prata nos Jogos Olímpicos de 1980, em Moscovo, na Rússia, disse não ter ficado surpreendida com um relatório médico trazido a público pelo jornal britânico The Telegraph, que concluía que a campeã olímpica era "um homem biológico", levando à introdução de testes por parte da World Boxing.
"A verdade esteve sempre lá. Todos nós sabíamos que esta pessoa teve dois testes de sexo positivos, e o culpado disto é o COI. Se olharmos para aquelas conferências de imprensa, durante os Jogos Olímpicos do verão passado, aquilo que Tomas Bach disse é indesculpável", atirou.
"Eles autorizaram homens a cometer violência sobre mulheres para que todo o mundo visse. O facto de terem ignorado e dito que aqueles testes de que foram informados, um ano anos, não eram legítimos, quando foram validados pelo US College of Pathology...", prosseguiu.
"As pessoas perguntam se eu tenho empatia. Não, não tenho, porque Khelif sabia que era um homem biológico. Sabia que estava a fazer batota. Sabia que tinha uma vantagem injusta e ninguém quis saber", rematou, à estação televisiva britânica GB News.
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