Luís Filipe Vieira com "confiança lúcida" em ex-diretores do Benfica

O ex-presidente do Benfica prestou declarações no Tribunal, relativo ao processo 'Saco Azul'.

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© Mário Vasa / Global Imagens

Lusa
08/05/2025 19:50 ‧ há 1 semanas por Lusa

Desporto

Benfica

O ex-presidente do Benfica Luís Filipe Vieira mostrou-se hoje convicto de que os alegados serviços da Questão Flexível no clube foram executados e revelou-se orgulhoso pelo trabalho que efetuou, durante o julgamento do processo 'Saco Azul'.

 

No Tribunal Central Criminal de Lisboa, Luís Filipe Vieira foi ouvido durante pouco mais de 30 minutos na segunda sessão do julgamento, respondendo ao coletivo de juízes, à procuradora do Ministério Público (MP) e aos advogados dos arguidos.

"Ao longo do tempo, vamos criando uma relação e comecei a ter uma confiança lúcida. Tenho a certeza de que o serviço foi executado. O Miguel Moreira contou-nos o que era o projeto e, com aquilo que ele transmitiu, fiquei sereno", explicou, embora admitindo ser "um bocado leigo" no que respeita a assuntos informáticos.

O antigo dirigente dos 'encarnados' salientou que, muitas vezes, assinou "de cruz" contratos devido à confiança e autonomia que depositou em Domingos Soares de Oliveira ou em Miguel Moreira, também arguidos no processo, dentro da estrutura.

"Conheço perfeitamente as pessoas que estão no Benfica. Fazer um contrato para desviar dinheiro do Benfica era impossível. Não é convicção só por gostar dele. É uma confiança lúcida, por decisões que tinham sido tomadas, que iam sempre ao encontro do que estava acordado", reforçou o líder do Benfica entre 2003 e 2021.

Luís Filipe Vieira salientou que, quando chegou ao Benfica, percebeu que "a mais-valia que podia dar era profissionalizar o Benfica", o que originou a contratação de Domingos Soares de Oliveira, tendo feito um balanço positivo da sua presidência.

"Tenho muito orgulho no trabalho que desenvolvemos até à minha saída. Éramos um exemplo em termos europeus e muitos clubes tentaram-nos copiar. Inovámos muito em Portugal, em todas as áreas, graças aos profissionais que tínhamos. O Benfica chegou a ter um pico de endividamento de 380 milhões de euros. Quando saímos, a dívida já estava abaixo dos 100 milhões. O Benfica foi bem gerido e eles tiveram uma quota-parte nisso. A SAD teve sempre um resultado positivo", frisou.

Durante o período da manhã, continuou a interrogação ao proprietário da empresa Questão Flexível, José Bernardes, que afirmou que "sem demonstrações, não há contratos", mas foi confrontado com datas que apontam precisamente o oposto.

"Uma pessoa que tenha a competência na área das Tecnologias de Informação pode conseguir desempenhar o papel, mas tem de perceber toda a arquitetura montada. Eu tenho essa vantagem porque estive no projeto desde o seu início. O que o Benfica fez foi pensar que seria algo crítico ter alguém externo a liderar e, por isso, passaram a ter uma pessoa interna [Nuno Silva]", contou José Bernardes.

A seguir à audição de Luís Filipe Vieira, iniciou-se o interrogatório a Miguel Moreira, antigo diretor financeiro do Benfica e administrador da SAD, que assegurou estar satisfeito com os serviços prestados no âmbito informático, pois o sistema "nunca teve um 'crash' ou um prejuízo que fosse", não estando lá quando "internalizaram".

A próxima sessão está agendada para dia 14 de maio, da parte da manhã, com a continuação da inquirição a Miguel Moreira, e os advogados de Luís Filipe Vieira e José Bernardes pediram as dispensas dos seus clientes nas próximas sessões.

Neste processo, que começou a ser julgado em abril no Juízo Central Criminal de Lisboa, está em causa um alegado esquema de pagamentos fictícios a uma empresa de informática externa ao grupo Benfica, a QuestãoFlexível, num valor que ultrapassa 1,8 milhões de euros.

De acordo com a acusação, confirmada em junho do ano passado por um juiz de instrução, o ex-presidente do Benfica Luís Filipe Vieira é suspeito de três crimes de fraude fiscal qualificada e 19 de falsificação de documento, assim como Domingos Soares de Oliveira, antigo administrador, e o ex-diretor financeiro do clube Miguel Moreira.

Os mesmos crimes são também imputados em coautoria com a empresa QuestãoFlexível, da qual é proprietário o empresário José Bernardes, que vai responder também pelo crime de branqueamento de capitais.

Num processo no qual são também arguidos Paulo Silva e José Raposo, a Benfica SAD está acusada de dois crimes de fraude fiscal qualificada e a Benfica Estádio de um crime de fraude fiscal e 19 de falsificação de documento.

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