Francis Hernández concedeu uma extensa entrevista à edição deste sábado do jornal espanhol As, na qual fez um balanço ao trabalho desenvolvido no cargo de coordenador das categorias jovens da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF).
O agora antigo dirigente trabalhou de perto com alguns dos maiores talentos do país vizinho, entre eles, Lamine Yamal (do Barcelona) e Nico Williams (do Athletic Bilbao), e rejeita a teoria de que a 'explosão' destes seja sinónimo de um corte radical com o modelo de jogo que tantos troféus valeu, nas últimas décadas.
"Nós trabalhámos com base num modelo de jogo que temos armazenado de maneira massiva. É assim que o explicamos a qualquer jogador, quando é chamado por Espanha. Mas não estamos presos ao modelo", começou por afirmar.
"Se olharmos para o potencial de jogadores como Williams, que traz versatilidade, como é que não o vamos aproveitar? Lamine, Nico, Ferran... São extremos que te permitem explorar os espaços, e, com eles, o modelo vai melhorando", acrescentou.
Uma discussão que também abarca Samu Aghehowa, do FC Porto: "O Samu acrescenta coisas que, no futebol moderno, são muito importantes. É o que disse antes, contar com jogadores que acrescentam outras coisas não significa romper com o modelo, mas sim melhorar o modelo".
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