Paulo Turra concedeu, esta quarta-feira, uma extensa entrevista ao portal francês Trivela, na qual explicou a curta passagem pelo Vitória SC, que durou apenas entre agosto e outubro de 2023. Período ao cabo do qual somou duas vitórias, um empate e três derrotas ao cabo de seis jogos.

O treinador de 50 anos assume que, desde o primeiro momento, soube que tinha "um enorme trabalho" pela frente, visto que a equipa teve de "fazer uma pré-temporada durante a temporada", nomeadamente, do ponto de vista físico, onde "tudo teve de ser refeito", pelo que necessitava de mais tempo.

"Os jogadores sabiam que ia ser difícil, por vezes, mas que iriam, eventualmente, colher os frutos deste trabalho. É isso que está a acontecer, ao dia de hoje. Agora, o Vitória tem uma equipa agressiva, muito veloz, capaz de atacar espaços", começou por afirmar.

"Para mim, a dificuldade foi combinar esta preparação física durante a temporada com a implementação das minhas ideias de jogo. Tive de fazer ambas as coisas ao mesmo tempo, durante um curto período", prosseguiu.

"Quando acelerei a parte tática e fui capaz de colocar as minhas ideias em prática, explicando-lhes como queria que atacássemos e defendêssemos, o presidente tomou a decisão de correr comigo. Respeito a decisão, apesar de achar que o trabalho estava bem feito", completou.

A terminar, o técnico brasileiro deixou uma certeza: "As pessoas que estão lá [no Vitória SC] e que têm um pouco de discernimento foram capazes de demonstrar apreço pelo meu trabalho. Sabem que deixei o clube em boas condições para o futuro". 

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