Carlos Queiroz, de 70 anos, que saiu recentemente do comando técnico da seleção do Qatar, deixou hoje no ar um novo desafio dentro em breve, no dia em que foi homenageado no 32.º aniversário da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física (FCDED) da Universidade de Coimbra.
"É mais importante olhar e pensar o que gostaríamos que acontecesse amanhã do que estar a viver de memórias. E nestas últimas semanas, desde que vim do Qatar, dei comigo a pensar mais nas memórias do que no amanhã e não quero ficar nesse patamar", disse aos jornalistas.
O treinador, que foi duas vezes campeão europeu e mundial de futebol sub-20 por Portugal, em 1989 e 1991, frisou que "nunca se deve dizer nunca" e admitiu continuar a sua longa carreira como treinador ou noutras funções ligadas ao futebol.
"Neste momento, preciso de descansar, pois são 24 anos fora de Portugal. Nunca estive um mês sem treinar, passei sempre de contrato para contrato e ao fim de 46 anos [de atividade] tirar dois meses de férias também me faz bem à cabeça", salientou.
Segundo afirmou, o desafio que vier a assumir é aquele que lhe der "mais prazer".
"Nunca decidi pela parte financeira nem institucional, decidi sempre pelo que me atraía mais e que acreditava que me ia dar prazer e que seria um desafio grande para as minhas capacidades técnicas e intelectuais", sublinhou.
Na cerimónia do 32.º aniversário da FCDED da Universidade de Coimbra, foi também distinguido Vítor Bruno, treinador-adjunto do FC Porto, e apresentado o livro 'A Geração de Ouro do Futebol Português', pelo professor e coautor Hugo Sarmento.
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