Foi preciso sofrer a bom sofrer para se achar a primeira meia-final da Taça de Portugal. O Benfica venceu, na quinta-feira, na viagem até Vizela, por 2-1, e garantiu dois dérbis com o Sporting por um lugar no Estádio do Jamor em maio deste ano.

Tal como Roger Schmidt tinha antevisto antes deste jogo, não foi uma partida fácil para a turma lisboeta. Na viagem até ao Minho, o Benfica lançou em campo um onze de gala, com a estreia a titular de Carreras e o regresso de Aursnes à defesa, esteve a vencer por dois golos sem resposta, mas acabou com o credo na boca e algumas dificuldades na reta final.

Nem sempre o luxo dá vitórias e isso confirmou-se nesta partida. O Benfica esteve melhor do que o rival ao longo de quase todo o encontro. Arthur Cabral e João Mário capitalizaram em golos a superioridade do clube da Luz, mas o Vizela fez questão de dificultar a tarefa dos encarnados no último quarto de hora de jogo.

O conjunto minhoto ligou o 'complicómetro' e, quatro minutos depois ter sofrido o segundo golo, Diogo Nascimento encontrou Petrov na área e o avançado sérvio relançou o duelo para os minutos finais.  Ainda assim, e apesar da boa réplica dos minhotos, o Benfica, recordista com 26 troféus conquistados na prova, foi capaz de ultrapassar as dificuldades e assegurar um duplo duelo com o Sporting nas meias-finais da Taça de Portugal.

Mas vamos às notas da partida:

Figura

Arthur Cabral está a torna-se, de jogo para jogo, figura de proa do ataque do Benfica. Depois das dificuldades iniciais, o brasileiro começa a mostrar as suas qualidades e prova disso é que marca há três jogos consecutivos. Além disso, o canarinho, que parece ter apetência para celebrar na Taça - fê-lo nos três jogos em que participou - assistiu João Mário.

Surpresa

Boa impressão deixada por Álvaro Carreras. Titular deste a primeira vez desde que foi contratado no mercado de inverno, o espanhol justificou em campo a aposta feita por Roger Schmidt para um lugar que tem sido de Morato nos últimos jogos. O lateral trouxe a criatividade que tem faltado aos encarnados nos últimos jogos.

Desilusão

Reforço de última hora do Vizela no mercado de inverno, Bruno Costa podia e devia ter dado mais à sua equipa. É dos elementos mais experientes no plantel, mas isso não ficou comprovado em campo dados os erros que cometeu nos momentos de construção.

Treinadores

Rúben de la Barrera

A imagem deixada na reta final pode trazer outras alegrias aos adeptos do Vizela em jogos futuros. Os minhotos colocaram o Benfica em sentido com uma resposta positiva no último quarto de hora do encontro, mas sem resultados práticos dado que a eliminação acabou por se confirmar. As fragilidades na construção das transições entre a defesa e o ataque também contribuíram para este desaire dos vizelenses.

Roger Schmidt

O Benfica leva desta partida o que mais queria, no caso a vitória final, mas os planos dos encarnados podiam ter sido estragados por um Vizela afoito nos minutos finais. Tal como em jogos anteriores, os encarnados não mantiveram a consistência exibicional ao longo de todo e jogo e isso podia ter custado a saída da Taça de Portugal. O golo tardio de Petrov deu grande fôlego ao Vizela e o Benfica viu-se em algumas dificuldades que não tinha tido até então. Ainda assim, o apuramento foi selado com o 'fato macaco'.

Arbitragem

Hélder Carvalho teve uma exibição positiva em Vizela. Sempre muito correto no capítulo da disciplina e a admoestar os jogadores. Ainda assim, ficam dúvidas no lance na primeira parte em que terá ficado por marcar um penálti sobre Rafa Silva. O VAR devia ter entrado em ação para ajudar o árbitro escalabitano a esclarecer a situação.

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