O presidente do Sporting, Frederico Varandas, quebrou, ao final da tarde desta terça-feira, o silêncio a propósito do adiamento do encontro da 20.ª jornada da I Liga, perante o Famalicão, devido à greve decretada pelas forças policiais.
"É conhecido que as forças de segurança encontram-se em protesto, nomeadamente, a PSP. O Sporting teve a infelicidade, porque assim o ditou o calendário, de ser o primeiro 'grande' a jogar nesse fim de semana, às 18h. A PSP teve aquela atitude de protesto e agiu com um fator surpresa", começou por afirmar.
"Ninguém sabia e não houve condições para realizar o jogo. A partir daí, no jogo dos nossos rivais, nomeadamente, FC Porto e Benfica, o governo teve tempo, penso eu, de se precaver e acionar para não acontecer o mesmo que aconteceu com o Sporting", acrescentou.
Em declarações prestadas à Sporting TV, à margem da Assembleia Geral de acionistas, o líder máximo do clube de Alvalade assumiu que a equipa "queria ter jogado, o Famalicão queria ter jogado e a Liga queria que tivesse havido jogo", o que, "infelizmente", não foi possível.
"Não houve jogo no dia a seguir, como o regulamento dita, porque o próprio responsável da PSP considerou que não havia condições de garantir efetivos policiais efetivos suficientes. Lamentavelmente para o Sporting, para os nossos jogadores e para os nossos adeptos", referiu.
"Agora, não entramos em cabalas da PSP nem em teorias de conspiração mirabolantes contra o Sporting. Primeiro, porque não é verdade. E, segundo, porque isso nos desresponsabiliza e tira o foco da missão, que é vencer. Queríamos que tivesse acontecido? Não, mas aconteceu", prosseguiu.
"Até já definimos o objetivo de chegar à data desse jogo, com menos um jogo, em primeiro lugar. Em relação a esse jogo, quando houver oportunidade de calendário, seja em março, abril ou maio, estaremos prontos para jogar e ir buscar os três pontos", rematou.
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