Os confrontos entre Karim Benzema e Gérald Darmanin não chegaram ao fim, de forma alguma. Em entrevista à RMC Sport, o ministro do Interior francês, que esta semana acusou o jogador de pertencer aos Irmãos Muçulamnos, voltou à discussão para afirmar que não retirará as suas palavras até que o avançado francês publique uma mensagem de apoio ao professor assassinado em Arras, na semana passada, às mãos de um terrorista checheno, ou falar abertamente sobre as vítimas em Israel.
“A denúncia apresentada por seus advogados? É uma acusação judicial. Vou deixar a resposta para os tribunais. Ele apresentou uma queixa”, confirmou Darmanin, que mais tarde explicou as razões pelas quais estava ligado ao grupo Irmãos Muçulmanos, considerado uma organização terrorista por muitos países.
"O que foi que eu disse? O senhor Benzema é um grande jogador de futebol, seguido por milhões de pessoas. Percebi que ele ainda não tweetou sobre o assassinato daquele professor em Arras. Nem tweetou sobre os bebés decapitados, as mulheres violadas, os 1.300 massacrados por terroristas islâmicos em Israel. O terrorismo é muito insidioso. Consiste em utilizar todos os meios da sociedade – desporto, música, influência na Internet – para promover o Islão. É nisso que consiste esta irmandade. Adoraria que o senhor Benzema twitasse sobre o assassinato do professor em Arras. É conhecido por um Islão extremamente radical, com ligações, infelizmente, a pessoas que por vezes se regozijaram com o assassinato de Samuel Paty, por exemplo. Não podemos ser selectivos na nossa indignação", declarou Darmanin na RMC Sport.
E prosseguiu: “O senhor Benzema é francês. Mas tenho o direito de combater a ideia de que quando se twitta sobre civis palestinos, é extremamente surpreendente não twittar sobre os 1.300 mortos em Israel e não twittar sobre o assassinato do professor. Você verá que essa seletividade levanta questões.” “(...) Digo-vos que os Irmãos Muçulmanos fazem um uso extremamente inteligente da oportunidade para transmitir uma mensagem profundamente anti-francesa. Há exemplos disso todos os dias".
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