O presidente do Barcelona, Joan Laporta, concedeu, esta quinta-feira, uma extensa entrevista à espanhola Catalunya Ràdio, na qual quebrou o silêncio, depois de ter sido imputado no já chamado 'caso Negreira', por suspeitas de suborno a árbitros.
O líder máximo do conjunto catalão assumiu ter pago ao ex-presidnete do Comité Técnico de Árbitros, José Maria Enríquez Negreira, por relatórios sobre os juizes de jogo, durante o primeiro mandato. No entanto, assegurou que tal não constitui qualquer tipo de crime: "Como jurista, fica claro que o Barcelona será exonerado".".
"Conhecendo o histórico do juiz, estava à espera. Como não tem fundamento, porque não há delito continuado, e como é uma opinião maioritária, penso que não tem pernas para andar (...). Muitos dos casos deste juiz foram arquivados", começou por afirmar.
Do ponto de vista técnico e jurídico, estamos numa fase em que se estudam duas hipóteses. O Barcelona não o desmentiu. Isto vem de Núñez ou de Gaspart. Pagavam através de transferência bancária. Eram 629 relatórios e 42 CD's que só correspondiam a três anos", prosseguiu.
"Eram relatórios úteis. Talvez os técnicos os vejam por outro lado. Demonstrámos que havia serviços e relatórios, que estavam documentados, e que havia uma assessoria. O juiz diz que se manipularam jogos. É impossível provar isso", completou.
A terminar, o dirigente deixou uma certeza: "A parte que nos acusa de corrupção desportiva não o pode provar. Além disso, não há suborno, porque o senhor Negreira não tem a qualificação de funcionário. Aqui, não há suborno".
"Sou jurista e estou tranquilo, porque isto não pode ter sucesso. Temos uma equipa jurídica muito boa. O madridismo aproveitou o caso Negreira para manchar o nome do Barcelona e a sua história. Quer desestabilizar-nos", rematou.
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