José Mourinho respondeu, esta sábado, aos críticos que tem colocado em causa o seu trabalho na AS Roma, clube cujo início de temporada tem sido marcado pelos maus resultados. Em conferência de imprensa, de antevisão ao jogo com o Frosinone, o treinador português lembrou que tudo mudou em "três meses" e recordou que permaneceu em Itália apesar de ter recebido "a proposta mais louca da história do futebol", oriunda da Arábia Saudita.
"Se me oferecessem a renovação hoje? Não gosto de falar de cenários hipotéticos. Isso nunca me aconteceu, portanto não posso falar de hipóteses. Há três meses, em Budapeste, era quase um drama pensar que poderia sair. Em Budapeste disse aos jogadores e à equipa técnica ainda dentro de campo: 'Vou ficar'. Depois do Spezia disse aos adeptos: 'Vou ficar'. Dois ou três dias depois encontrei Dan Friedkin e dei-lhe minha palavra de honra que ficaria. No verão recebi a maior proposta da minha vida, a proposta mais louca da história do futebol. E eu a rejeitei por ter dado a minha palavra. Três meses depois parece que eu é que sou um problema. Não aceito isso", começou por dizer Mourinho, citado pelo Corriere dello Sport, prosseguindo.
"Não leio, não vejo TV, não ouço programas de rádio, mas tenho amigos que me contam e que fazem as coisas chegarem até mim. Eu não aceito isso. Até 30 de junho de 2024 estou aqui a trabalhar e a lutar. Só uma pessoa pode me dizer que acabou antes de 30 de junho: é o senhor Dan Friedkin. Sou a mesma pessoa, estando a terminar contrato ou com um contrato de 10 anos pela frente. Quando falo, falo para o mundo. Não tenho medo de pressões externas, não tenho medo se todo o estádio me assobiar amanhã. Se quiserem falar consigo, podem encontrar-me em Trigoria, onde moro", vincou o treinador português.
Refira-se que o jogo entre AS Roma e Frosinone, relativo à 7.ª jornada da Serie A, está agendado para as 19h45 de amanhã, domingo.
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