Rui Jorge, selecionador dos sub-21, em declarações ao Canal 11, logo após o empate frente aos Países Baixos (1-1), no Europeu da categoria.
Como se lida com as emoções? "É a nossa vida, temos de saber lidar com elas. Foi um jogo como tínhamos previsto, mais aberto, as duas equipas precisavam de uma vitória. Foi um jogo onde voltámos a cometer erros, não fomos penalizados mas poderíamos ter sido e estávamos a caminho de casa. Demonstrámos um espírito muito grande de luta, querer, vontade. Não fico totalmente preenchido, porque quero que demonstremos mais aquilo que somos capazes de fazer e ainda não o fizemos a 100 por cento. Temos mais uma oportunidade para o fazer. Temos pelo menos mais um jogo para disputar, vamos tentar melhorar ainda mais."
Foram acompanhando o que se passava no outro jogo? "Eu pessoalmente não. No intervalo sim, depois o Dantas perguntou qualquer coisa já depois de termos marcado, mas isso é normal, esta ansiedade de tentar perceber se o que estávamos a fazer chegava ou não. Embora já os tivesse prevenido que o que interessava era o que nós precisávamos de saber e depois o resto teríamos sempre de esperar."
O que é preciso melhorar? "É preciso serenidade. Posso voltar a falar do primeiro jogo, onde aparentemente foi tudo mau, não foi. Disse aos jogadores para acreditarem no que lhes estava a dizer. A Geórgia não é uma equipa fácil. Não tem a qualidade de uma Bélgica, Países Baixos, Portugal, mas uma equipa não se faz só da qualidade. Tínhamos encontrado dificuldades que não tínhamos conseguido ultrapassar. Poderíamos ter sido melhores, os jogadores sabem disso, mas não foi tão mau e catastrófico como se fez parecer e como à partida parecia. É acreditar e tentar melhorar."
Deu palavras de incentivo no final? "Já não me lembro. Eu falo no final para falar com o coração e por isso já não me lembro. Eles sabem, já lhes disse muitas vezes. Eu não lhes dou falsa moral e hoje não esteve tudo bem, portanto também lhes disse isso."
É preciso pôr os pés na terra? "Mas nós tivemos sempre os pés na terra... Vocês é que podem pensar que não. Não conseguimos ultrapassar algumas dificuldades, é verdade, mas os pés estiveram sempre na terra. Na alta competição os pés estão sempre na terra. Os dos Países Baixos estavam, os da Bélgica estavam, estavam mais do que avisados e também não conseguiram. Portanto, é continuar."
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