Sem rodeios. Cristiano Ronaldo assumiu, nesta quarta-feira, que ponderou deixar a seleção após a eliminação de Portugal do Mundial'2022.

"Não vou mentir. Na nossa vida temos de meter tudo em cima da balança. Pensámos, refletimos, eu e a minha família, mas depois chegámos à conclusão que, apesar das dificuldades, não podemos atirar a toalha ao chão, mesmo quando passamos dificuldades Consegui ver situações em diferentes ângulos e aprendi muito com isso", começou por dizer o capitão da equipa das quinas, na conferência de imprensa de antevisão ao duelo desta quinta-feira contra o Liechtenstein.

"Aprendi muito com isso. Estou contente de regressar. O selecionador mostrou que contava comigo. Eu sempre quis jogar. Como sabem, ele falou com todos e comigo também. E consegui perceber que tenho muito para dar à seleção. Sinto isso, quero isso e o meu desejo é levar Portugal ao mais alto nível. Darei sempre o meu contributo quando necessitarem de mim", prosseguiu.

"Tudo o que acontece na vida tem uma razão. E eu agradeço. Muitas vezes, é importante passar por algumas coisas para ver quem está mesmo do meu lado e quer o meu bem. Houve uma fase menos boa, primeiro em termos pessoais e depois profissionais. Agradeço por passar por algumas dificuldades porque quando estamos no topo da montanha é difícil ver o que está cá em baixo. Foi bom para ver muitas coisas. Estou um homem melhor", vincou ainda, não colocando de lado a hipótese de estar no Euro'2024 e no Mundial'2026.

"Passo a passo. Não faço planos a longo prazo. Penso assim por algumas situações que aconteceram na minha vida. Sobre o Gonçalo Ramos, tem feito uma temporada extraordinária. Na seleção é sempre bom ter competência. Sempre houve isso. Mesmo nos tempos do Pauleta, Nuno Gomes, Hugo Almeida... Vou tentar fazer o que sempre fiz. Estarei sempre preparado. Cabe ao mister decidir aquilo que ele achar melhor para a seleção", vincou.

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